quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

velociraptor


Mongoliensis Velociraptor

crânio velociraptor
Velociraptor mongoliensis-Osborn, 1924 - crânio 
Archosauria: Saurischia: Maniraptora: Dromeosauridae 
Localidade: Shabarak Usu, deserto de Gobi, Mongólia sudeste
Idade: Cretáceo Superior (Campaniano), 75 milhões de anos atrás
Os terópodes maniraptoran estão representados na exposição por alguns dromeossauros , oviraptorids e avimimids . Estes dinossauros nunca tenham atingido o tamanho enorme como o carnosaurs. Todos os maniraptorans se distinguem este último por forelimbs bem desenvolvido, extenso e poderoso. Eles eram definitivamente bípedes, como a carnosaurs, e não usar os membros anteriores de apoio ao caminhar. O dromeossauros foram médias empresas predadores com uma grande foice-como talon no dedo do pé interior. Os primeiros dromeossauro Deinonychus vem do Cretáceo Inferior da América do Norte. No gêneros Cretáceo vários dromeossauros são conhecidos da América do Norte e Ásia Central (Velociraptor).Velociraptor foi estreitamente relacionado com o norte-americano Deinonychus . Não maciça como Tyrannosaurus ou Tarbosaurus , este menor dinossauro era um feroz predador, ser rápido e ágil, como é retratado em 'Jurassic Park' do filme. Infelizmente, os produtores de ' Jurassic Park 'se sentiu compelido a fazer o filme Velociraptor 400% maior que o registro fóssil indica. Este talvez vendidos videos 400% mais. Velociraptor era provavelmente do tamanho de uma Great Dane. Por seu tamanho, proporcionalmente seu cérebro era maior do que qualquer dinossauro. Esqueletos de Velociraptor foram encontrados com os de suas presas presumido, Protoceratops . O Velociraptor tinha um firme na coroa do Protoceratops , que pode ter perfurado o peito do carnívoro com a cabeça. Ambos morreram como resultado do encontro. Velociraptor tinha um crânio alongado com um nariz chato e longo, braços funcionais. um dedo do pé em cada pé era grande e em forma de foice em que teria causado um monte de carnificina!Também poderia ter feito muito dano com sua adaga em forma de dentes que eram serrilhados como um serrote. Velociraptor tinha olhos grandes e provavelmente tinha visão tridimensional.velociraptor reconstrução

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

vale dos dinossauros


VALE DOS DINOSSAUROS - SOUSA/PB -
UM MARCO DO PASSADO NO BRASIL

"0 estudo dos dinossauros - a origem e diversidade de espécies, o seu habitat, o modo de vida e as causas de sua extinção sempre atraiu a atenção de muitas pessoas em todo o mundo, entre elas, os colecionadores de selos.
Os vestígios desses animais foram encontrados no "Vale dos Dinossauros ", município de Sousa, Estado da Paraíba.
Os dinossauros - do grego: DEINOS (= terrível) e SAURIOS (= lagarto), pertenceram à classe dos répteis e se multiplicaram em inúmeras espécies de todos os tamanhos, nitidamente adaptadas aos seus diversos ambientes naturais.
Apesar de terem sido animais especificamente terrestres, os dinossauros não desprezavam os cursos d’água doce ou marinha rasas, onde as espéçiès herbívoras pastavam e as carnívoras nadavam, caçando ou pescando. Alguns dinossauros atacavam com garras e grandes dentes serrilhados; outros se defendiam com garras ou chifres, ou com cristas de placas ósseas. Os dinossauros podiam viver até mil anos ou mais. Chegaram a sua extinção, deixando como vestígios inúmeras ossadas, rastros e ovos fósseis.
O Vale dos Dinossauros/PB é internacionalmente conhecido do ponto de vista das pegadas, fósseis de dinossauros é um dos locais arqueológicos mais importantes do mundo.
As primeiras pegada de dinossauros no Brasil foram encontradas, em 1897, na localidade de Passagem
das Pedras (Sousa - PB), pelo agricultor Anísio Fausto da Silva, que com espanto denominou-as de "rastro do boi e rastro da ema".
Em 1920, o geólogo Luciano Jaques de Moraes, em missão da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS), soube da existência dos "rastros do boi e da ema". Comprovou "in loco" que se tratavam de rastros de dinossauros e divulgou por meio de sua obra "Serras e Montanhas do Nordeste", edição de 1924, a existência e as características de duas pistas de dinossauros, diferentes entre si, encontradas no leito rochoso do Rio do Peixe. Apesar dasua importância, o material, no entanto, ficou por longo tempo esquecido, ora submerso pelas inundações desse rio, temporário, ora coberto por grandes camadas de areia e cascalho.
Em 1975, a Icnologia (estudo daspegadas fósseis) voltou à tona no Brasil, e empreendeu-se uma exploração sistemática de todas as bacias fósseis sedimentares do País com o amparo do CNPq. Coube então a Giuseppe Leonardi - padre, geólogo, paleontólogo e pesquisador do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) - natural de Veneza (Itália), buscar as pistas dinossáuricas divulgadaspor Lucino J. de Moraes. Constatou-as, partindo para novas e sucessivas pesquisas com escavações, inclusive, com os seus colaboradores, acabou por descobrir cerca de vinte localidades com pegadas de dinossauros, sendo que treze destas do Mnicípio de Sousa e sete no município de São João de Rio do Peixe (ex - Antenor Navarro), e mais em outras áreas dos municípios do Oeste-Paraibano, numa extensão aproximada de 700 Km2, região que veio receber o nome sugestivo de Vale dos Dinossauros.
Das treze localidades descobertas, no município de Sousa, algumas são muito ricas em detalhes, apresentando não somente interesse científico, mas sustentando espanto e a admiração do público em geral. A localidade mais bonita e clássica na opinão de Giuseppe Leonardi, permanece sendo a primeira descoberta por Anísio Fausto da Silva em Passagem das Pedras. Ali a pista principal é a de um iguadonte - dinossauro semibípede e herbívoro, pesando entre três e quatro toneladas - profundamente gravada na rocha, numa linha reta de mais ou menos cinqüeta metros. As pegadas medem 40 cm de largura e observam-se também as gretas de contração da lama petrificada. Nesta localidade está sendo implantado um arrojado projeto de infra-estrutura de preservação ambiental e turística financiado com recursos do MMA-PED/BANCO MUNDIAL.
Em 20 de novembro de 1996 um grupo de sousenses decidiu fundar uma ONG, a MOVISSAUROS - Associação Comunitária "Movimento de Preservação do Vale dos Dinossauros", quando a partir de então foram realizadas várias buscas de novas pistas dinossauricas nos municípios de Sousa e São João de Rio do Peixe, ambos na Paraíba. Até agora foram descobertas mais de 150 novas pegadas de dinossauros - herbívoros e carnívoros.
De todos esses achados o mais surpreendente foi uma trilha com 14 pegadas que não chega a medir um metro em linha reta. Cada pegada mede apenas 2 cm de diâmetro - são as únicas deste tamanho até agora encontradas no Vale dos Dinossauros e ainda sem identiftcação científicas. Isto prova que o Vale dos Dinossauros foi habitado há 130 miIhões de anos por animais gigantes como saurópodos e por minúsculos, como as pegadas encontradas no Serrote Benção de Deus (Sousa -PB).

dinos


Meus amigos, depois de muito trabalho e dedicação, finalmente consegui terminar as escavações e finalizar minha pesquisa aqui no Brasil. Não é o máximo?
Mas agora meu tempo está ainda mais escasso, pois assumi um importante cargo e tenho muito trabalho pela frente (clique na imagem ao lado para ver as fotos). Quero agradecer pela torcida de todos vocês e pelas mensagens de carinho e incentivo que me mandaram através do blog. Foi muito legal poder trocar informações com vocês.
Mas não fiquem tristes e não esqueçam de tudo o que leram aqui. Existem muitos sites interessantes sobre paleontologia e muitos livros, filmes, documentários… Se você é tão apaixonado por dinossauros como eu, aposto que vai continuar pesquisando e, quem sabe, a gente ainda vai se encontrar em uma aventura pelo mundo?!
Boa sorte, sucesso e um beijo enorme para todos vocês!
Júlia

A rotina do paleontólogo no laboratório

qui, 13/10/11
por Julia |
categoria Paleontologia
Bom, agora que vocês já sabem como é a rotina de um paleontólogo no trabalho de campo, é hora de descobrir como funciona o nosso trabalho no laboratório, que é para onde os fósseis são enviados depois de serem escavados.
Primeiro, os ossos precisam ser limpos e separados da rocha sedimentar na qual foram fossilizados. Para isso, utilizamos várias ferramentas, como algumas brocas bem parecidas com aquelas usadas pelos dentistas.
O segundo passo é estudar o formato dos ossos, pois cada ângulo e cada marca pode ser importante para identificar o animal ao qual ele pertenceu.
Em seguida, é preciso encaixar os ossos encontrados, como num quebra-cabeça, a fim de visualizar o esqueleto do animal. Quando não encontramos todas as partes da ossada de um dinossauro podemos deduzir como seriam os outros ossos, comparando-o com outros animais semelhantes.
Vocês sabiam que é possível até saber como estes animais se movimentavam? Existem programas específicos para isso, pois calculam o peso que o dinossauro tinha e, de acordo com a sua anatomia, nos mostram como eles andavam ou corriam.
Por último, moldamos os ossos e montamos uma réplica completa do animal. Primeiro, a réplica mostra como seria o esqueleto e, depois, como seria o animal vivo! Este último trabalho é essencialmente feito por paleoartistas, que são profissionais especializados em desenhar ou criar réplicas de animais pré-históricos. Veja aqui a entrevista que eu fiz com o paleoartista Maurílio Oliveira!
E aí, gostaram de saber um pouco mais sobre o meu trabalho? Deixem os seus comentários que eu vou adorar ler!
OBS – As duas últimas fotos foram tiradas no laboratório do Museu Nacional da UFRJ e mostram o aluno de mestrado Rafael Delcourt e a estagiária de paleontologia Izenita Barbosa estudando os fósseis com ajuda de programas especiais. E você, quer se tornar um deles? Estude, estude, estude!

Como é a rotina de um paleontólogo em campo?

sex, 07/10/11
por Julia |
categoria Paleontologia
Se você acha que o trabalho do paleontólogo é moleza e que o meu dia a dia é só sombra e água fresca… Bom, você está muito enganado! A nossa vida é cheia de aventuras e sempre temos novos desafios para enfrentar (como contaram os paleontólogos Luciana Barbosa e Sérgio Azevedo aqui no blog). Para você entender melhor como é a minha rotina, resolvi escrever um post só sobre isso.
ONDE ESCAVAR?
A primeira parte do trabalho de um caçador de dinossauros começa no campo. Através do estudo do solo de determinadas regiões, podemos saber se naquela área é possível encontrar fósseis de animais pré-históricos. Então, temos que reunir uma equipe e começar a escavar.
LONGE DA CIVILIZAÇÃO
Uma das qualidades de um bom paleontólogo é a persistência. Muitas vezes passamos dias debaixo de sol, ou enfrentando vento, chuva e até a maré se a busca por fósseis for próxima ao litoral. Às vezes temos que acampar nesses locais, onde raramente há luz elétrica, os celulares se “recusam” a funcionar e tomar banho é um luxo!
SEM FRESCURA
Já deu para perceber que não podemos ter frescura nenhuma, né?  Mas, quando encontramos um único fóssil que seja de algum animal que viveu há milhões de anos… Bem, aí percebemos que cada minuto valeu a pena!
VIAJANDO PELO MUNDO
Outro ponto interessante no trabalho de campo é a chance que temos de conhecer lugares diferentes e exóticos. Você pode viajar até desertos, praias ou florestas tropicais para fazer escavações. Eu mesma já estive em vários lugares do mundo a procura de dinossauros e pude conhecer diversas culturas e paisagens.
DICAS IMPORTANTES
Ok, então você já sabe que para caçar dinossauros tem que estar disposto a abrir mão das frescuras, né? Mas, além da coragem e determinação, na hora de sair a campo você não pode esquecer alguns detalhes:
- Leve protetor solar e repelente! Eles são fundamentais
- Um bom chapéu ou boné também é importante para proteger contra o sol
- O ideal é usar roupas leves e confortáveis, mas que o protejam contra insetos e até cobras
- Água nunca é demais! Procure se hidratar bastante
Outros equipamentos básicos usados por um paleontólogo em seu trabalho de campo incluem uma caderneta de campo, bússola ou GPS, lupas, pincel, martelo geológico, além de outras ferramentas de extração e proteção, como óculos e luvas. Porém, dependendo do tamanho do fóssil a ser escavado pode ser necessário o uso de picaretas ou e até britadeiras.
Enfim, essa é apenas a primeira parte do trabalho. Porque depois, é preciso levar os fósseis para o laboratório, limpá-los, catalogá-los e estudá-los. Mas sobre isso eu vou falar semana que vem. Aguardem!

Dieta Dino

ter, 04/10/11
por Julia |
Muita gente me pergunta como é que conseguimos descobrir tantas coisas sobre os dinossauros estudando apenas os fósseis que encontramos nas escavações. Bom, de fato, à primeira vista, pode até parecer que os ossos e os outros materiais fossilizados não têm muita utilidade, mas saiba que através deles dá, sim, para deduzir muita coisa. Dá para descobrir o que os dinossauros comiam, por exemplo.
“Como?”, você vai me perguntar. E eu respondo: uma das formas de investigar a possível dieta de um dinossauro é estudar os seus dentes e maxilares. Os dentes de um herbívoro (ser que se alimentava de plantas), por exemplo, eram projetados para cortar e mastigar as folhas das árvores antes de engolir. Já os répteis carnívoros tinham um formato “padrão” de dentição, chamada de zifodonte. Nestes animais os dentes são recurvados para trás e apresentam serrilhas que facilitavam o corte da carne.
Existem, porém, outras formas de tentar identificar o que os dinossauros comiam. Você pode achar estranho, mas sabia que é possível encontrar fezes fossilizadas de animais extintos? Sim, isso mesmo! Elas se chamam coprólitos e, apesar de terem o formato das fezes, se transformaram em uma espécie de rocha com o passar dos anos. Nos dias de hoje, inclusive, não é incomum para um leigo no assunto confundi-los com pedras comuns. Mas o fato é que a química de um coprólito – eita nomezinho! – reflete qual foi a “refeição” feita pelo dinossauro que o gerou.
O conteúdo estomacal encontrado nos fósseis dos animais pré-históricos também podem dizer muito sobre o que eles comiam. Veja o caso da ossada de um Coelophysis: dentro dela, mais precisamente onde seria o estômago, foi encontrado o fóssil de um ancestral de crocodilo. Assim fica até fácil, não é mesmo?
Viram como paleontologia é uma ciência fascinante? Eu tenho andado muito ocupada para responder os comentários aqui do blog, mas sempre dou um jeito de ler tudo que vocês escrevem. Por isso, não deixem de escrever pra mim, certo?!

Maurílio Oliveira explica o que é a paleoarte

ter, 27/09/11
por Julia |
categoria Paleontologia
Se você já viu réplicas de dinossauros, desenhos ou até filmes e documentários em que os dinos aparecem como se estivessem vivos, então você já deve ter uma idéia do que seja o trabalho de um paleoartista. A própria palavra já deixa claro: o paleoartista é um artista plástico que trabalha com paleontologia. E ele não reproduz apenas os dinossauros, mas também a flora e os ambientes pré-históricos.
Para que você possa entender melhor o que é a paleoarte, resolvi fazer uma entrevista com meu amigo Maurílio Oliveira. Ele trabalha no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro e revela tudo sobre a profissão.
JÚLIA – O que exatamente faz um paleoartista?
MAURÍLIO – O paleoartista é o profissional que se propõe a reconstruir a possível aparência de organismos extintos, tomando como base as informações obtidas no registro fóssil.
JÚLIA – Como você se interessou por esta profissão?
MAURÍLIO – Sou artista plástico autodidata sempre trabalhei com ilustração, pintura e escultura. Em 1999 recebi um convite para trabalhar com os painéis da Exposição “No Tempo dos Dinossauros”. Foi então que percebi que meus conhecimentos e habilidades artísticas poderiam ser muito úteis nessa área e acabei sendo convidado pelos paleontólogos do Museu Nacional a me tornar o primeiro paleoartista do Brasil.
JÚLIA – Então, não é preciso necessariamente ser paleontólogo para ser paleoartista, certo? Como alguém pode se especializar nesta área?
MAURÍLIO – Isso mesmo, Júlia. Porém, você precisa “falar a mesma língua” que os paleontólogos. Ou seja, para se tornar um paleoartista é necessário ter conhecimento em várias áreas, tais como: pintura, escultura, desenho e também deve ter noções de biologia, paleontologia e anatomia.  Infelizmente não existem cursos para a formação em Paleoarte, mas os interessados podem procurar uma instituição de pesquisa ou um pesquisador (paleontólogo) para orientá-los.
JÚLIA – O que você mais gosta no seu trabalho?
MAURÍLIO – O que eu mais gosto na paleoarte é a possibilidade de divulgar a ciência, permitindo não só aos pesquisadores, mas também ao público leigo, conhecer um pouco mais da incrível diversidade de organismos que existiram no passado.
JÚLIA – Por que os museus hoje em dia apresentam mais réplicas de dinossauros em vida do que esqueletos?
MAURÍLIO – Acho que a paleoarte, juntamente com o grande número de descobertas recentes, são os grandes responsáveis pelo maior interesse dos visitantes de museus em ver exibidas cada vez mais reconstruções em vida de dinossauros e outros animais extintos.
Quer baixar imagens de dinossauros para colorir? Então clique aqui e divirta-se!

Asteroide não foi a causa da extinção dos dinossauros

qui, 22/09/11
por Julia |
Puxa, quanto mais nós, cientistas, nos aprofundamos em nossos estudos, mais nos surpreendemos! Muitas vezes uma teoria que já era aceita por toda a comunidade científica acaba caindo por terra… Foi assim quando Galileu descobriu que a Terra girava em torno do sol, e não o contrário, como se imaginava, e é assim agora, quando os pesquisadores chegaram à conclusão de que a queda do ateroide Baptistina (na verdade, uma parte dele) não foi responsável pela extinção dos dinossauros.
Os estudos confirmaram que o Baptistina se chocou com outro asteroide no cinturão que fica entre Marte e Júpiter há cerca de 80 milhões de anos (metade do que se pensava). Portanto, não haveria tempo suficiente para que um desses fragmentos chegasse à Terra antes da extinção dos dinos. Para ler a matéria completa publicada pelo G1, é só clicar aqui!
Se existem outras razões para estes animais extraordinários serem extintos? Sim, há diversas teorias, e você pode encontrar muito material sobre isso em livros ou na internet. Que tal arregaçar as mangas e fazer uma bela pesquisa? Depois, não esqueça de me contar o que descobriu aqui, ok?
Sabe tudo sobre paleontologia? Então clique aqui e responda ao quiz especial!

Um ancestral do homem moderno

sex, 16/09/11
por Julia |
categoria NotíciasPaleontologia
Amigos, como vocês sabem nós, paleontólogos, não estudamos apenas dinossauros (se você esqueceu,relembre aqui). Nós pesquisamos todos os seres vivos que habitaram a Terra, incluindo a evolução primata-homem. Por isso, resolvi compartilhar com vocês esta notícia fantásticapublicada pelo site G1. De acordo com um estudo recente, oAustralopithecus sediba – um hominídeo que viveu há cerca de 1,9 milhão de anos, com algumas características de chimpanzé e outras de humanos – pode ser um ancestral do homem moderno. Depois de estudar os fósseis desta espécie, os pesquisadores puderam concluir que ele poderia usar seu polegar longo para fabricar ferramentas. Além disso, os ossos mostravam que o Au sediba conseguia ficar ereto, como nós, seres humanos. Não é interessante entender como os seres evoluem e se modificam?!
Sabe tudo sobre paleontologia? Então clique aqui e participe do quiz!

Fóssil de pterossauro é encontrado no Ceará

ter, 13/09/11
por Julia |
categoria NotíciasPaleontologia
Gente, fico emocionada quando leio notícias sobre descobertas de fósseis no Brasil! É muito bom saber que a paleontologia está crescendo por aqui e que estamos escavando verdadeiros tesouros!
Desta vez o achado foi um fóssil de pterossauro no nordeste do país. Os pesquisadores da Universidade Regional do Cariri (Urca) acreditam que o material encontrado pode explicar como os pterossauros voavam e como andavam em terra. Isso porque o fóssil descoberto representa o equivalente ao braço do animal e ainda conserva tecidos moles. É possível ver até o que seriam os dedos do pterossauro.
Para ler a matéria completa do G1 Ceará e assistir ao vídeo, é só clicar aqui.
Gosta de pterossauros? Então saiba mais sobre duas espécies desta família: o Pterodáctilo e oPteranodon!

Hipsilofodonte: rápido como uma gazela

sex, 09/09/11
por Julia |
categoria Dinossauros
Ele era pequeno, rápido e costumava andar em bando. Mas não precisa ter medo: oHipsilofodonte era herbívoro e provavelmente não te atacaria, caso não tivesse sido extinto e ainda vivesse por aqui. Ele iria preferir uma suculenta plantinha…
Quer saber mais sobre ele? Então dê uma olhada no material que separei especialmente para você, que é fã de dinossauros, assim como eu!
Fatos e curiosidades:
Hipsilofodonte foi um dos primeiros fósseis de dinossauros descobertos pelos paleontólogos. As primeiras ossadas foram encontradas em 1849 na Ilha de Wight, na Inglaterra. Como alguns animais estavam juntos, os pesquisadores acreditaram que um bando inteiro de Hipsilofodontesteria morrido ali. Uma das teorias a respeito do caso é que esse bando teria ficado preso em areia movediça ou que algum fenômeno natural tenha causado a morte de vários animais desta espécie ao mesmo tempo.
Sua anatomia e tamanho, semelhante aos do canguru moderno, além de uma observação equivocada sobre os ossos de seus pés, levou os primeiros pesquisadores a imaginarem que este animal era uma espécie de “alpinista”, isto é, tinha a capacidade de escalar árvores.
No entanto, hoje em dia sabemos que o Hipsilofodonte era um animal bípede – ou seja, se apoiava nas duas patas traseiras para ficar em pé – e extremamente ágil. Tanto que passou a ser considerado a “gazela do mundo dos dinossauros”. Com longas pernas e ossos leves, além dos músculos concentrados em volta do quadril e das coxas, ele provavelmente conseguia correr em grande velocidade.
Outra curiosidade: o Hipsilofodonte se alimentava de plantas rasteiras, já que não alcançava as folhas de plantas do alto das árvores. Seu tamanho reduzido também o forçava a andar em bandos e a ser rápido para conseguir escapar dos predadores.
Legal, não é mesmo? Então continue de olho no blog, para aprender mais sobre esses animais maravilhosos! E não esqueça de deixar seu comentário!
Veja também informações sobre outros dinos, como o Coelurossauro, o Apatossauro e oEstegossauro! E participe do quiz sobre paleontologia e mostre que você sabe tudo sobre o assunto!

Futuros paleontólogos

ter, 06/09/11
por Julia |
categoria NotíciasPaleontologia
Para quem mora no Ceará e sonha em ser paleontólogo, tenho uma ótima notícia: a Universidade Regional do Cariri em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro está realizando um curso de preparação de fósseis para alunos da graduação de Biologia e Geografia. Agora esta região, que é tão rica em fósseis, terá mais profissionais aptos a identificar animais fossilizados nas pedras e no solo. Não é o máximo? Para saber mais, clique aqui e confira a matéria divulgada pelo G1 

Apresentando o Archaeornithomimus

sex, 02/09/11
por Julia |
categoria Dinossauros
Já deu pra perceber que o nome desse dinossauro é bem difícil de pronunciar, não é? Bom, nem só de dinossauros famosos vive um paleontólogo! Por isso, resolvi falar um pouco sobre o nosso amigo Archaeornithomimus. Espero que vocês gostem!
Fatos e curiosidades:
Archaeornithomimus asiaticus é uma espécie de dinossauro que viveu há aproximadamente 95 milhões de anos. Possuía fortes garras nos dedos das suas quatro patas, e media cerca de 3,5 m de comprimento.
Apesar de apresentar muitas semelhanças com outros dinossauros da mesma família, como oGallimimus (que apareceu no filme Jurassic Park, 1993) e o Struthiomimus, oArchaeornithomimus viveu cerca de 30 milhões de anos antes de seus “primos” aparecerem. Como outros membros de sua família, ele tinha uma cauda muito fina longa, que o ajuda a equilibrar-se durante uma corrida. Portanto, se ele ainda estivesse vivo e resolvesse te perseguir… Bom, você precisaria correr muito, mas muito mesmo, para conseguir escapar!
Infelizmente ainda não foi encontrado um esqueleto completo do Archaeornithomimus, mas apenas alguns ossos e fragmentos. Por isso, ainda há muito que descobrir sobre ele! Se você também tem informações sobre esse dino, mande pra mim! É ótimo trocar informações com vocês, que lêem meu blog!

Cara a cara com um dinossauro!

ter, 30/08/11
por Julia |
categoria Notícias
Achei muito interessante essa ideia de criar um robô-dinossauro para interagir com o público no zoológico de Sidney. O mutaburrasauro de mentirinha foi usado para divulgar A Semana Nacional de Ciências na Austrália (clique aquipara ler a matéria do G1 e saber mais sobre isso). Agora, você já pensou se a gente tivesse uma réplica de um titanossauro ou de umtriceratops por aqui? Aposto que haveria uma fila de gente para ver de perto esse robô-dinossauro!

O que você sabe sobre os dinossauros?

sex, 26/08/11
por Julia |
Já percebi que vocês sabem bastante sobre dinos, né? Então, resolvi fazer uma brincadeira: preparei um quiz para vocês testarem seus conhecimentos em paleontologia. Quero ver quem vai conseguir acertar todas as respostas! Para participar, é só clicar na imagem abaixo:

Coelurossauro, um dinossauro em ‘miniatura’!

sex, 19/08/11
por Julia |
categoria Dinossauros
Você já ouviu falar deste dinossauro? Pouco conhecida pelos leigos, esta espécie vivia nas terras onde hoje é o estado de Wyoming, nos EUA. Costumamos imaginar os dinossauros como seres imensos, mas também existiam animais pequenos, como nosso amigo Coelurossauro. Alguns chegavam a ter o tamanho de uma raposa! Saiba mais sobre este dino:
Fatos e curiosidades:
Coelurus ou Coelurossauro é uma espécie de pequeno dinossauro carnívoro. Apesar de baixinho para um dinossauro, ele não era totalmente inofensivo: tinha uma mandíbula estranhamente curvada, com dentes bem afiados. As mãos eram longas, mas não particularmente fortes, com uma articulação do punho semelhante a de um pássaro e dedos muito flexíveis.
Todo o seu esqueleto era muito leve, pois os ossos de suas vértebras eram parcialmente ocos. Por isso, os paleontólogos acreditam que ele era muito ágil e atingia grande velocidade quando corria. Além disso, sua cauda leve e rígida dava ao Coelurossauro grande equilíbrio!
Durante muito tempo ele foi confundido com outro dinossauro, o Ornitholestes. Porém, estudos de John Ostrom em 1976 e de Jacques Gauthier em 1986 mostraram que os ossos dessas duas espécies apresentavam algumas diferenças.
Está gostando de aprender mais sobre dinossauros? Então deixe seu comentário e mostre o que você também sabe sobre estes animais fantásticos, que também são minha grande paixão!

Não perca as exposições do Museu Nacional!

ter, 16/08/11
por Julia |
Se você é fã de dinossauros, não pode perder as exposições que estão acontecendo no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que fica na Quinta da Boa Vista, bem ao lado do Zoológico do Rio, em São Cristóvão. E para você curtir melhor esse passeio, escrevi algumas dicas preciosas:
1º – Logo que entrar no museu, vire à direita e confira de perto o crânio de um Tiranossauro Rex de 65 milhões de anos. A exposição “Um Tiranossauro no Museu” ganhou como “padrinho” o ator Stenio Garcia. É que o nome do exemplar adquirido pelo museu chama-se STAN e a equipe de paleontólogos logo criou um mascote chamado Stenio. O ator adorou a brincadeira e “adotou” o simpático personagem voltado para o púbico infantil que visita o local. Na exposição você vai ver uma miniatura do Stenio enfrentando o T-rex! Um barato!
2º - Outros fósseis fantásticos que estão expostos no museu são as preguiças-gigantes e o tigre dente de sabre, que viveram há cerca de 1,8 milhões de anos e representam espécies de uma mega fauna extinta. Já pensou dar de cara com uma preguiça, aquele bicho tão fofo e tranquilo, em tamanho gigante?! Bom, na exposição, depois de ver os esqueletos desses animais, você já pode ter uma ideia…
3º - Você não pode deixar de passar no salão onde está exposta a réplica do esqueleto de um Titanossaurodescoberto em Minas Gerais! Chamado deMaxakalisaurus topai, esse animal tem o comprimento estimado de 13 metros e foi o primeiro dino de grande porte brasileiro a ser montado para exposição aqui. Muito legal, não acha?
4º - No mesmo salão, você confere ainda o fóssil de um pterossauro (que é um réptil voador, e NÃO um dinossauro, como muita gente pensa). O Tupandactylus imperator foi encontrado na Chapada do Araripe, um planalto situado entre Ceará, Pernambuco e Piauí, onde já foi uma região repleta de lagos e onde já foram descobertos fósseis de diversos animais pré-históricos.
Então, se você mora no Rio, não tem desculpa para não ir ao Museu Nacional! Mas se você mora em outro estado, lembre de dar uma passada no museu quando for visitar a cidade. Eu garanto que vale a pena!

Saiba mais sobre o Pterodáctilo

sex, 12/08/11
por Julia |
categoria Paleontologia
Olá, meus amigos! Hoje vou apresentar um pterossauro muito famoso para vocês: o Pterodáctilo. Como você já deve saber, ele não é um dinossauro, como muitas pessoas pensam, mas viveu na mesma época que os dinos. Divirta-se com as informações que separei para você ler aqui no blog sobre o nosso amigo voador.
Fatos e curiosidades:
O primeiro fóssil deste réptil voador foi encontrado por Cosimo Collini em 1784 encontrado na Bavária. A princípio, acreditava-se que o Pterodáctilo era um mamífero, como os morcegos. Havia ainda a crença de que ele pudesse nadar, como os pinguins. Mais tarde, outros pesquisadores perceberam que ele possuía uma membrana que ligava seu corpo ao quarto dedo estendido, funcionando como uma espécie de asa.
Um erro que muita gente costuma cometer é chamar qualquer pterossauro (réptil voador que viveu nos períodos Jurássico ou Cretáceo) de Pterodáctilo, mesmo que o animal não pertença verdadeiramente a este gênero. Lembre-se de que existem vários outros pterossauros, como oPteranodon, o Pterodaustro ou o Criorhynchus. Aliás, o Pterodáctilo era muito menor do que as réplicas que aparecem na maioria dos filmes e, se não tivesse sido extinto, talvez não representasse grande perigo para os seres humanos.
O Pterodáctilo é um típico pterossauro, com cauda curta, longos ossos dos pulsos e pescoço comprido. Ele era carnívoro e provavelmente vivia perto de lagos e mares, onde se alimentava de peixes e outros pequenos animais.
Agora é a sua vez: aproveite que o nosso amigo Pterodáctilo é muito popular e procure descobrir mais sobre ele. Se descobrir alguma coisa interessante, não deixe de compartilhar comigo aqui no blog, ok?
Quer baixar imagens de dinos para colorir? Então clique aqui e divirta-se!

Brasil, a terra dos dinossauros

ter, 09/08/11
por Julia |
Imagino como devem ter ficado surpresos os homens que encontraram os primeiros ossos de dinossauros… O mais antigo fóssil de dinossauro documentado na história foi há cerca de dois mil anos, na China. Mas, naquela época, ninguém sabia o que era um dino e muita gente acreditou que se tratavam de ossos de dragões! Já pensou como eles devem ter ficado assustados?!
No Brasil, há várias referências do século XIX e algumas de meados do século XX sobre achados de restos fósseis de dinossauros. Porém, muitos foram separados das coleções originais da época e hoje se sabe que nem todos eram ossos de dinos, vários eram de outros répteis.
O primeiro dinossauro genuinamente brasileiro foi o Staurikosaurus pricei, descoberto em rochas do período Triássico, no Rio Grande do Sul. Ele foi encontrado pelo arqueólogo brasileiro e filho de americanos, Llewellyn Ivor Price (1905-1980). Staurikosaurus significa “lagarto do Cruzeiro do Sul” e pricei é uma homenagem ao seu descobridor.
Até hoje existem 22 espécies de dinossauros descobertos em solo brasileiro, o que representa apenas uma pequena fração das quase 900 espécies conhecidas no mundo todo. Ainda assim, isso faz do Brasil um ótimo lugar para procurarmos novos fósseis. Encontrá-los depende de muita coisa: do solo, do clima (do passado e dos dias de hoje) e das formações geológicas. Mas, diante do que já foi encontrado e das possibilidades, muita gente acredita que o Brasil ainda vai ser considerada a terra dos dinossauros.
Um livro interessante para vocês aprenderem um pouco mais sobre os dinossauros brasileiros é O guia completo dos dinossauros do Brasil (Editora Peirópolis, 224 páginas), de Luiz Eduardo Anelli, professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo. As ilustrações com as prováveis formas dos dinossauros brasileiros foram feitas a partir da análise de seus registros fósseis por Felipe Alves Elias.
E vocês, o que acham? Mandem seus comentários! Eu adoro saber a opinião de vocês sobre tudo isso!
Quer baixar desenhos de dinossauros para colorir? Então clique aqui e divirta-se!

Um dinossauro passou por aqui…

qui, 04/08/11
por Julia |
Amigos, fico emocionada cada vez que vejo uma notícia com essa! Pegadas encontradas no solo da região de Nioaque, Mato Grosso do Sul, podem ser de dinossauros! Os vestígios deixados há 140 milhões de anos pelos animais pré-históricos estão muito bem preservados e já começaram a ser estudados pelos pesquisadores. Para ler a matéria completa, divulgada pelo G1 Mato Grosso do Sul, bastaclicar aqui.
Imagem: Divulgação/SPU-MS

Com vocês, o Apatossauro!

sex, 29/07/11
por Julia |
Aposto que você já ouviu falar desse dinossauro, mas com outro nome: Brontossauro! No texto abaixo eu vou explicar o porquê dessa confusão de nomes, além de apresentar muitas curiosidades sobre essa enorme criatura que habitou a terra há milhões de anos!
Fatos e curiosidades:
Como eu escrevi lá em cima, esse dinossauro gigante também ficou conhecido como“Brontossauro”. Isso aconteceu porque o pesquisador Othniel Charles Marsh, que encontrou o primeiro Apatossauro em 1877, acabou dando um novo nome para o esqueleto mais completo que foi descoberto em escavações cerca de dois anos depois. Na época, ele acreditava que tratava-se de duas espécies diferentes, mas, tempos depois, os cientistas perceberam que os dois fósseis pertenciam à mesma espécie. Quando a confusão foi desfeita em 1903, o primeiro nome –Apatossauro – foi definido como o oficial.
Após seu descobrimento, o Apatossauro foi considerado o maior dos animais terrestres que já viveram sobre a terra. Porém, após outras pesquisas e escavações, fósseis de alguns animais ainda maiores foram descobertos pelos paleontólogos, como o Argentinosaurus, encontrado na América do Sul, ou o Ultrassauro, que viveu onde hoje fica a América do Norte. É impressionante imaginar esses animais que chegavam a medir mais de 20 metros de alturas, andando por aí, não é mesmo?
Acredita-se que o Apatossauro pode ter sido capaz de se apoiar apenas sobre as patas traseiras, usando sua cauda como uma “terceira perna” para a sustentação. Com isso, ele teria conseguido ficar até 15 metros mais alto, o que permitia que ele se alimentasse das folhas que ficavam nas copas das árvores.
Tudo indica que o Apatossauro foi um animal solitário que habitava a floresta. É raro encontrar restos deste ser pré-histórico. Mais difícil ainda é achar seu esqueleto próximo aos de outros animais. Os ossos do Apatossauro são encontrados normalmente distantes de onde havia grandes massas de água e de fósseis de animais aquáticos, como peixes e crocodilos. Isto indica que, como a maioria dos saurópodos, o Apatossauro passou grande parte de sua vida em terra.
O significado do nome deste dinossauro – lagarto enganoso – refere-se ao fato de que os ossos ligados às vértebras parecem muito com os do réptil aquático Mosasaurus. Outra curiosidade: embora a cabeça do Apatossauro seja do tamanho da de um cavalo, seu cérebro era tão pequeno quanto o de um gato!
Muito bem, espero que você tenha gostado de conhecer esse nosso amigo jurássico! Agora, deixe seu comentário abaixo e me conte o que você também tem aprendido sobre os dinossauros.
Veja também o que já escrevi no blog sobre outros dinossauros enormes e pescoçudos: oBraquiossauro e o Titanossauro.

Sergio Azevedo e a emoção de ser um paleontólogo

ter, 26/07/11
por Julia |
categoria Paleontologia
Aposto que vocês adoraram o bate-papo que eu tive com a minha amiga Luciana, né? Bom, para não dizerem por aí que eu quis puxar a sardinha pra minha brasa entrevistando apenas uma mulher, chegou a vez de vocês conhecerem um grande paleontólogo: Sergio Azevedo, professor adjunto da UFRJ e diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Aliás, o Sergio e a Lu (minha entrevistada da semana passada) são casados e têm uma filhinha linda, a Alice! Olhem só uma foto da família toda reunida em uma viagem para caçar dinossauros!
Há mais de 30 anos em busca de fósseis de animais pré-históricos, o Sergio vai nos revelar, agora, como é a vida de um verdadeiro caçador de dinos.
JÚLIA – Sergio, como você se interessou pela paleontologia?
SÉRGIO – Ih, Julia, foi por acaso. Aqui no Brasil, há até pouco tempo, quase ninguém estudava dinossauros… Havia um dinossauro descoberto no Rio Grande do Sul nos anos 60, outro em São Paulo nos anos 70. Assim, se estudava muito outros animais, mas dinossauro não era coisa de brasileiro. No início dos aos 90 é que começou um movimento de buscar um pouco mais de informação de dinossauros em nosso país. E o núcleo do Rio Grande Sul, de onde eu vim, era muito ativo. Só que lá não tinham dinossauros…
JÚLIA – E como foi que isso começou a mudar?
SÉRGIO – As pessoas, no final dos anos 80, tinham uma relação muito distante com a ciência. O cientista tinha aquela imagem do “cientista louco” que vivia fechado dentro de um laboratório tentando criar fórmulas mirabolantes. Mas foi no museu que as coisas começaram a mudar. Na primeira exposição que fizemos no Museu Nacional sobre dinossauros, já foi uma movimentação. A gente começou, então, a fazer exposições sistemáticas. A visitação foi aumentando, aumentando, até que teve um momento em que houve uma virada. As crianças já tinham paixão por dinossauros, mas era por aqueles dinossauros americanos. Foi uma surpresa pras pessoas saberem que no Brasil também havia dinossauro.
JÚLIA –De fato as crianças adoram dinossauros…
SÉRGIO – Pois é. E no museu você vê a reação do público, principalmente o infantil. Lembro que uma vez reproduzimos a imagem de um dinossauro em uma parede e as crianças ficaram maravilhadas. Algumas agarravam, beijavam a imagem. E outras atacavam o dinossauro, davam pontapés na parede como se o dinossauro estivesse mesmo ali. (risos) Mas, brigando ou beijando, isso reforça pra nós a empatia incrível que existe entre as pessoas e aquilo que, até então, era só um objeto de ciência.
JÚLIA – Sérgio, pra você, qual é a emoção de fazer uma grande descoberta?
SÉRGIO – Olha, Júlia, eu vou te dar um exemplo. Há pouco tempo, numa expedição no interior de São Paulo, a gente encontrou um pequeno pedacinho do rabo de um dinossauro. Então cavamos um pouco mais, e vimos que a pontinha do rabo, na verdade, era articulada, com várias vértebras. Continuamos procurando e, no entorno da área, encontramos uma “mãozinha”. Pronto! Não restou nenhuma dúvida. Cercamos tudo e trouxemos esse grande “bloco” de rocha com a gente. Não sabemos o que tem lá dentro ainda. Agora ele vai pro laboratório e começará a ser limpo. Qual vai ser a grande descoberta? Quando encontrarmos o bicho todo ali. E por ser uma região com indício de cascas de ovos e ossos pequenos, pode ser que encontremos até uma mãe com os filhotes no ninho e tudo! Imagina só a emoção, Júlia?!
JÚLIA – Nossa, fiquei até arrepiada!
SÉRGIO – Em alguns casos, a emoção maior só vem no laboratório. Mas à vezes acontece uma grande emoção no campo. Você está lá há um tempão e não conseguiu encontrar nada. De repente você olha pro chão e vê na hora o fóssil!
JÚLIA – Eu já sei a resposta, mas explique pros leitores do blog: como você sabe onde começar a escavar para encontrar um dinossauro? 
SÉRGIO – A gente nunca pesquisa às cegas. Você sempre tem uma noção do que pode encontrar e onde. O grande indício é o terreno. As rochas têm uma idade e uma maneira de se formar. Eu sei que rochas sedimentares do Cretáceo continental, ou seja, formadas por mar, por exemplo, foram os ambientes em que naquela época os dinossauros viveram. É ali que vamos encontrar dinossauros. A fossilização é um processo extremamente raro. Para eu conseguir encontrar, eu devo procurar nos locais onde um dinossauro pode ter se fossilizado.
JÚLIA – Qual foi o momento mais marcante da sua carreira?
SÉRGIO – Pra mim, os momentos mais marcantes não foram de descobertas de fósseis, mas de mudanças no direcionamento das pesquisas. A última grande mudança que fizemos foi conseguir incorporar tecnologias antes não usadas para a Paleontologia. Isso foi muito marcante, pois o trabalho do paleontólogo antes era muito manual: uma picareta, uma lente… De uns cinco anos pra cá, começamos a usar técnicas novas: trabalhamos com raio X, tomografia, com impressão tridimensional.  A gente pode colocar um bloco de terra no tomógrafo e descobrir qual é o material que está li dentro. Isso te permite preparar o material e sem causar danos aos fósseis.  Outra coisa muito importante é a formação do pessoal novo. Antes não havia profissionais da área. Hoje, a equipe aqui do Museu, por exemplo, acho que é a maior do Brasil. São entre 40 e 50 pessoas. Há menos de cinco anos, não tinha esse número de profissionais no Brasil inteiro. Isso é ou não é marcante?

Você conhece o Estegossauro?

sex, 22/07/11
por Julia |
categoria Dinossauros
Não conhece? Pois saiba que ele é um dos dinossauros mais famosos do mundo. Já apareceu em muitos filmes e desenhos animados, tenho certeza que você já deve ter visto! Dê uma olhada no que eu escrevi sobre esse interessante animal, que habitou a Terra no período Jurássico.

Fatos e curiosidades:
Os Estegossauros eram quadrúpedes, possuíam a cabeça pequena e tinham uma característica muito marcante: em suas costas havia enormes couraças, que começavam atrás da cabeça e seguiam até o final da cauda.
A princípio, os estudiosos acreditavam que as couraças do Estegossauro serviam como defesa, apesar de não protegerem as laterais do animal. Certamente elas faziam com que ele parecesse maior do que realmente era, afastando os predadores ou rivais. Uma nova teoria, porém, defende que essas estruturas serviam para controlar sua temperatura corporal. É provável que estas couraças tenham sido cobertas por pele, pois havia canais para circulação de sangue dentro delas. Quem sabe elas não eram coloridas e brilhantes? Já imaginou?
Já a cauda do Estegossauro certamente era usada como arma, pois contava com espinhos afiados que podiam causar sérios danos a seus predadores, como o Allosaurus ou o Ceratosaurus.
O primeiro fóssil de Estegossauro foi encontrado por Othniel Charles Marsh em 1877, no estado americano do Colorado, EUA. Depois disso, outros estegossaurídeos foram encontrados em diversos lugares do mundo, como o Kentrosaurus da Tanzânia, ou o Huayangossauro da China.
Gostou? Então agora é a sua vez de pesquisar sobre o Estegossauro. Depois, mande para mim o que você conseguiu descobrir! Um beijo e até a próxima!
Confira também o posts sobre o Titanossauro, o Tricerátops, o Velocirator e o Oxalaia quilombensis.

Robôs de dinossauros

qui, 21/07/11
por Julia |
categoria DinossaurosNotícias
Gente, cada dia eu fico mais impressionada com o avanço da tecnologia! Imaginem que criaram dinossauros de madeira que podem ser montados no seu tempo livre e controlados por um controle remoto! Não é o máximo? O robô ainda reage ao som e à luz do ambiente… Confira esta matéria do site TechTudo sobre essa nova invenção.
Agora me digam: dá ou não dá vontade de ter um robozinho de madeira do T-rex!

Uma paleontóloga sem frescura!

ter, 19/07/11
por Editor |
categoria Paleontologia
Muita gente acha estranho quando me apresento como uma paleontóloga. É que as pessoas imaginam que essa é uma profissão exclusivamente masculina, por exigir esforço e resistência física. Mas fiquem sabendo que não há nada que impeça uma mulher de ser uma caçadora de dinossauros!
Para vocês saberem um pouco mais sobre o lado feminino da profissão, resolvi entrevistar a Luciana Barbosa, uma amiga que trabalha no setor de Paleovertebrados do Museu Nacional da UFRJ.  Essa grande paleontóloga tem feito um trabalho fantástico aqui no Brasil e conta um pouco sobre a rotina de uma mulher que, assim como eu, é apaixonada por dinossauros!
JÚLIA – Luciana, como você se tornou uma paleontóloga?
LUCIANA – Eu sempre gostei de história, sempre gostei de ler coisas sobre antropologia, arqueologia, sobre fósseis.  Mas eu não tinha a visão de que era possível trabalhar com isso no Brasil. Depois, eu entrei pra faculdade de biologia e a minha primeira alternativa era ser zoóloga e trabalhar com répteis. Foi então que surgiu uma oportunidade de estagiar no Museu Nacional da UFRJ, com paleontologia para invertebrados. Nessa brincadeira eu conheci a paleontologia dos vertebrados e acabei unindo o interesse que eu tinha pelo passado com o interesse pelos répteis. Acabei mudando para paleontologia de vertebrados e fiz toda a minha carreira nesta área.
JÚLIA – Como é o seu dia a dia?
LUCIANA – Temos duas formas de trabalho dentro da paleontologia. Uma é o laboratório e a outra é o trabalho no campo, que é a parte mais emocionante de paleontologia. Eu, pelo menos, mal posso esperar pra chegar a hora de ir a campo! É aquele momento da descoberta, de buscar uma espécie nova ou uma localidade nova com fósseis. Ele tem algumas características particulares: você fica exposto ao tempo, é um trabalho braçal. Para as mulheres, é bem complicado. Você tem que ter o espírito preparado pra aquilo.
JÚLIA – Eu que o diga! (risos) Mas as mulheres também têm qualidades que ajudam neste trabalho, não acha?
LUCIANA – Pois é, Júlia. Como você sabe, não dá pra ter nenhum tipo de frescura. A princípio, as pessoas poderiam pensar que este é um trabalho só pra homens, mas existem muitas mulheres trabalhando com paleontologia hoje. E olha, as mulheres são muito mais pacientes no campo! (risos) É que além do serviço braçal, você tem que se preparar psicologicamente. A coleta pode ser muito longa, às vezes leva 30 ou 40 dias. Às vezes você fica muito tempo em lugares em que não é possível fazer contato com a família, onde seu celular não pega.
JÚLIA – Ah, mas não pega mesmo! E depois tem o longo período trancada no laboratório, não é mesmo?
LUCIANA – É, no resto do tempo a gente trabalha no laboratório, estudando esse material que foi retirado da rocha, ou preparando-o. Mas nem sempre o paleontólogo que coletou esse material será a pessoa que vai estudá-lo. Às vezes a gente colhe tanta coisa, que muito material fica pra ser estudado anos depois, talvez até por outras gerações de pesquisadores.  Mas pelo menos durante o trabalho no laboratório a gente já pode estar mais arrumadinha, com as unhas pintadas, não é, Julia ?
JÚLIA – Luciana, pra terminarmos, me conta qual foi o momento mais marcante da sua carreira até agora?
LUCIANA – As descobertas de fósseis são sempre muito emocionantes! A gente fez – há pouco tempo – um trabalho de campo em que descobrimos ninhos de crocodilos fósseis, o que é uma coisa muito rara. Quando encontramos, fizemos aquela festa! Abrimos até champanhe, jogamos um no outro. Mas eu confesso que o momento mais emocionante pra mim foi o final do projeto “Em busca de dinossauros” porque trabalhamos cerca de quatro anos nele. Criamos um grupo formado não só por paleontólogos, mas também por uma equipe de vídeo, direção, o pessoal de logística… Gerenciar todas essas pessoas, cada uma com os seus próprios objetivos e visões diferentes, foi bem complexo. Correr atrás de dinheiro para realizar este projeto tão grande, que gerou um documentário, gerou uma exposição, gerou um livro, vários trabalhos, inclusive a descoberta do Oxalaia quilombensis, um dos maiores dinossauros carnívoros de que temos notícia aqui no Brasil. Ao longo da viagem, tivemos vários obstáculos e conseguimos superar todos! No final da expedição, antes de voltarmos pra casa, eu chorei na barca, atravessando a Baía de São Marcos.  É nessas horas que você dá uma relaxada e pensa: deu certo, apesar de todos os problemas que nós tivemos! Esse, pra mim, é até hoje um marco na minha vida.
Fotos: arquivo pessoal

Os avós dos dinossauros também eram brasileiros!

ter, 12/07/11
por Julia |
categoria NotíciasPaleontologia
Você sabia que os ancestrais dos dinossauros também habitaram o Brasil? Não! Pois assistam o vídeo abaixo:
Essa matéria doFantástico foi ao ar no ano passado, mas eu achei interessante trazê-la para vocês porque mostra que diversos animais que existiram até mesmo antes dos dinossauros habitavam as terras onde hoje fica o nosso Brasil!
Para quem não sabe, há milhões de anos não existiam todos os continentes que conhecemos hoje. Bom, não na mesma disposição em que eles se encontram atualmente. Há cerca de 250 milhões de anos, havia apenas uma grande massa continental: oPangea.
Um único continente! Incrível, não?! Imaginem só: nessa época era possível viajar por terra para todas as partes do mundo! E essas viagens acabaram sendo feitas por diversos animais, é claro! Por isso, muitos fósseis encontrados hoje no Brasil podem existir, também, em outras partes do mundo. Afinal, essas outras partes do mundo, há milhões de anos atrás, eram… Logo ali! Entende agora porque eu fico arrepiada cada vez que escavo e encontro um fóssil novo? Através dele podemos descobrir tanta coisa sobre as nossas origens.
Vejam no vídeo esse Tecodonte, por exemplo, que foi encontrado no Rio Grande do Sul. Já pensou se esse animal ainda existisse? Admito que eu teria muito medo se desse de cara com aquela boca enorme, cheia de dentes pontiagudos! Mas não é maravilhoso ter notícias de quem foram os pais, os avós e os bisavós dos dinossauros?
E vocês, já pensaram o que fariam se dessem de cara com um bicho desses? Me contem tudo através dos comentários. Eu adoro saber mais de vocês. E me ajudem, também, a pesquisar mais sobre esse assunto. Eu simplesmente adoro trocar informações com vocês!

Seria o Plessiossauro o “monstro do Lago Ness”?

sex, 08/07/11
por Julia |
Olá, meus queridos amigos! Bom, como eu já comecei a falar sobre outros répteis pré-históricos que não são dinossauros e percebi que vocês gostaram, hoje eu vou apresentar para vocês mais um desses animais: o Plessiossauro. Ele era um réptil marinho que acabou dando origem à ordem Plesiosauria. Confiram abaixo mais informações sobre ele!
Os Plessiossauros surgiram no período Triássico e foram extintos no Cretáceo. Apesar de serem répteis gigantes e carnívoros, os Plesiossauros não eram dinossauros. Havia dois grupos que distinguiam as diferentes espécies de Plesiossauros: os de pescoço longo e cabeça pequena, e os de pescoço curto e cabeça alongada.
Esses animais fantásticos viviam na água e suas patas eram duras e longas, funcionando como remos. Não é interessante? O movimento do nado destes animais lembrava uma espécie de voo: eles moviam seus corpos em ondulações, como os pinguins ou os leões marinhos que conhecemos hoje.
E vejam só que curioso: em alguns fósseis de Plessiossauros foram encontradas pedras onde seria o seu estômago. Engolir pedras pode ter sido uma maneira de ajustar sua flutuabilidade, o que também acontece com outros animais marinhos modernos.
Plesiosaurus foi o primeiro da ordem Plesiosauria a ser descrito pelos estudiosos. Dean Buckland, um dos pesquisadores da Era Vitoriana (Período em que a Rainha Vitória governava o Reino Unido, em meados do século XIX), descreveu a espécie como “Uma serpente enfiada através do corpo de uma tartaruga”. Que descrição mais engraçada, heim?!
Existem rumores de que o famoso Monstro do Lago Ness, na Escócia, seria na verdade umPlessiossauro ou quem sabe um parente dele. Este animal, que vivia no oceano, teria entrado pelo Rio Ness (uma das únicas ligações do lago com o mar). Quando o rio tornou-se mais raso com o tempo, a criatura acabou ficando “presa” no lago e, graças à fartura de salmões, enguias e trutas, o “mostro” conseguiu se alimentar e foi se adaptando à vida naquele local.  É claro que isso é apenas uma lenda, pois até hoje não existe nenhuma comprovação de que exista mesmo o tal “monstro”. Até porque, os Plessiossauros já foram extintos há muito, mas muito tempo mesmo!
E vocês, o que acham dessa teoria? Mandem seus comentários! Eu adoro essa nossa troca de informações! Até semana que vem.

Penas de dinossauro?!

ter, 05/07/11
por Julia |
Você já ouviu falar que a galinha é um dinossauro?
Bom, você pode não acreditar no que vou dizer, mas nem todos os dinossauros foram extintos. Sim, é isso mesmo que você leu! Alguns deles talvez estejam até bem perto de você, no alto das árvores, ou ciscando lá no sítio do seu tio. Quem sabe você até se alimente deles?
Veja bem é claro que eu não estou falando doTiranossauro, do Velociraptor ou do imensoBraquiossauro. Eu estou me referindo às aves em geral: águias, emas, avestruzes, papagaios e até… galinhas! Esses animais – acredite se quiser – são descendentes dos dinossauros. Só que, diferentemente dos seus precursores, eles aprenderam a voar.
Ainda não acredita? Ficou cismado? Quer uma prova? Pois bem: você se lembra daquelas características que eram exclusivas dos dinossauros e que eu citei neste post aqui? A título de lembrança, são elas:
- acetábulo aberto (vulgo “bacia”);
- cabeça do fêmur em forma de bola;
- capacidade de dobrar o pescoço em forma de “S”;
- tíbia com uma crista cnemial;
- húmero com uma crista alongada;
- pés com quatro dedos, mas suportados por apenas três;
- ossos ocos, com paredes finas.
Pois bem, isso tudo fez com que os paleontólogos percebessem que as aves e os dinossauros, apesar de possuírem diferenças em sua aparência, têm muito em comum. Muito mais do que se podia imaginar no início!
Assim, pode-se dizer que o Archaeopteryx, que é um dinossauro emplumado encontrado na Alemanha e que viveu no período Jurássico, é considerado a mais antiga ave do mundo. Mas como sabemos que o Archaeopteryx tinha penas? Bem, os fósseis deste animal mostram impressões de asas emplumadas, bem como um par de pernas longas, uma cauda e dentes no bico. Na verdade, ele passou a ser considerado por muitos estudiosos como o verdadeiro “elo perdido” entre os dinossauros e os pássaros.
Depois dos fósseis do Archaeopteryx, muitos outros fósseis de dinossauros com penas foram encontrados. E não apenas na Alemanha, mas também na China. Há quem acredite, inclusive, que o próprio Tiranossauro Rex possuía uma certa penugem em seus primeiros anos de vida. Quem diria, logo ele – tão temido – ser primo de uma galinha! A paleontologia, assim como a vida, é mesmo cheia de surpresas, não é mesmo?
Bom, o fato é que, agora, eu tenho certeza que você nunca mais vai olhar para uma ave da mesma maneira e eu acho isso muito divertido! É assim, com um novo olhar a cada dia, que a vida e o mundo a nossa volta ficam mais e mais interessantes!
Viva! Olhe! Divirta-se!

Pteranodon: um réptil voador

sex, 01/07/11
por Julia |
categoria Dinossauros
Sei que tenho apresentado somente dinossauros para vocês, mas, a pedidos, resolvi publicar também minha pesquisa sobre um réptil voador muito interessante: o Pteranodon. Ele não era um dinossauro, embora tenha habitado a terra na mesma época que os dinos. Pertence à ordemPterosauria e viveu no fim do Cretáceo, na atual América do Norte e no Japão, e foi um dos maiores pteossauros que já existiu. Confira um pouco do que eu sei sobre ele:
Fatos e curiosidades:
A primeira espécie de Pteranodon foi encontrada nos Estados Unidos em 1970, por O. S Marsh. A princípio, ele foi identificado como uma espécie de Pterodáctilo, mas depois, foi classificado como outra espécie por não possuir dentes.
Pteranodon tinha um crânio longo e possuía uma crista que se estendia para trás, dando à sua cabeça a aparência de um martelo. Os ossos deste animal eram ocos para manter seu peso baixo, e as vértebras dorsais eram fundidas em conjunto com as costelas para formar um sólido apoio para os músculos de vôo. O tamanho de suas asas sugere que o Pteranodonte, como é chamado no Brasil, não batia as asas, mas planava, como os albatrozes que existem nos dias atuais.
Ao encontrar peixes fossilizados no estômago do Pteranodon, os pesquisadores acreditam que ele era um animal “pescador”, ou seja: mergulhava no mar para apanhar peixes, como algumas aves marinhas fazem.
Fósseis de outros répteis voadores também foram encontrados em outros lugares do mundo, como o famoso Pterodáctilo, que habitava a África e a Europa, ou o Anhanguera piscator, cujos fósseis foram encontrados na Inglaterra e no Brasil, mais precisamente na Chapada do Araripe.
Gostou de conhecer o Pteranodon? Então escreva pra mim e conte o que você também conseguiu descobrir sobre ele!
Veja também minhas pesquisas sobre o Titanossauro, o Velociraptor, o Tiranossauro Rex e oTriceratops.

Paleontologia x Arqueologia: entenda as diferenças

qua, 29/06/11
por Julia |
categoria Paleontologia
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Sei que muitas pessoas associam a figura do paleontólogo ao personagem Indiana Jones, muito bem representada nos cinemas pelo ator Harrison Ford. Dr Jones, porém, era um arqueólogo, ou seja, alguém que estuda o passado, assim como nós, paleontólogos. Entretanto, a diferença entre as duas profissões é bem grande.
Vamos começar pelas semelhanças: ambos têm uma vida cheia de aventuras, precisam viajar muito para encontrar seus objetos de estudo e necessitam de muita, mas muita dedicação mesmo!
Mas, ao contrário dos paleontólogos, os arqueólogos não trabalham com restos de seres vivos. Enquanto nós procuramos fósseis – que são partes do corpo de animais preservadas através dos anos embaixo da terra, de rochas sedimentares, do gelo e outras substâncias -, os arqueólogos estudam as culturas e os modos de vida humana de antigas civilizações a partir da análise de vestígios materiais. Ou seja: enquanto eu e minha equipe vibramos ao encontrar o pedaço da coluna vertebral de um dinossauro que viveu na terra há milhões de anos, um arqueólogo ficaria felicíssimo se descobrisse um objeto utilizado por alguma civilização já extinta. Para ele, tal objeto seria mais uma peça para o quebra-cabeça que ele tenta montar, a fim de entender como viveram as pessoas nas antigas sociedades.
Muito do que lemos nos livros de história geral só foi escrito graças às descobertas e ao estudo dos arqueólogos. Eles não apenas fazem escavações, mas também realizam estudos e trabalhos sistemáticos em laboratório, onde procuram relacionar os objetos coletados ao grupo que os produziu e ao seu modo de vida.
Porém, a arqueologia não fica restrita a estudar apenas o passado remoto da Humanidade. Ela atua também junto a sociedades atuais, buscando compreender, através da observação diária, a maneira como os vestígios materiais podem informar sobre o comportamento e os padrões culturais de sociedades extintas. Por isso é possível encontrar arqueólogos trabalhando em tribos indígenas, em comunidades caiçaras e em diversas outras sociedades.
Já a paleontologia estuda todos os seres vivos que habitaram a Terra, incluindo a evolução primata-homem. Mas nós não nos dedicamos ao estudo do ser humano como o conhecemos hoje. Isso fica a cargo dos nossos amigos antropólogos.
Enfim, são duas ciências importantíssimas e muito interessantes! Se você quiser se aprofundar sobre a arqueologia, vale à pena pesquisar mais, pois o espaço no blog é pequeno para que eu fale de todos os detalhes que envolvem esse assunto. Já a paleontologia, que é minha profissão e o que dá sentido a minha vida… Bem, ela será tema diário dos meus textos! Até o próximo!

Apresentando o Parasaurolophus

sex, 24/06/11
por Julia |
categoria Dinossauros
Olá, meus amigos caçadores de dinossauros! Gostaram de conhecer o Triceratops e oBraquiossauro? Espero que sim! Bom, hoje eu vou apresentar um dino muito bacana para vocês, cujo nome é um pouquinho complicado: o Parasaurolophus.
Fatos e curiosidades:
Este dinossauro herbívoro tinha uma característica muito interessante: ele era semi-quadrúpede, ou seja, podia se apoiar tanto sobre as quatro patas, quanto sobre as duas patas traseiras apenas.
Até hoje já foram reconhecidas três espécies diferentes do Parasaurolophus, e cada um tem uma curva diferente da crista. Cientistas afirmam ainda que o tamanho das cristas poderia ajudar a diferenciar o sexo do Parasaurolophus. O machos teriam a crista maior do que as fêmeas, chamando assim a atenção delas.
A função da crista desse dinossauro é controversa. Trata-se de uma extensão do nariz que é uma espécie de tubo oco duplo. Isso levou os pesquisadores a pensarem que o Parasaurolophus era um animal semi-aquático e a crista serviria para auxiliar na respiração enquanto estivesse submerso. Essa teoria, porém, acabou sendo refutada.
Atualmente os paleontólogos acreditam que a crista do Parasaurolophus era usada para emitir sons, provavelmente quando era preciso alertar o bando a respeito de predadores. Com ajuda de computadores, alguns cientistas americanos conseguiram até reproduzir o som que teria sido emitido pelo Parasaurolphus através da sua crista. Muito legal, não é mesmo?!
Bom, eu já fiz a minha parte! Agora conto com a sua ajuda para saber mais sobre esse dinossauro que, olhando bem, lembra muito um pato, heim?!

Uma floresta petrificada no coração do Brasil

qua, 22/06/11
por Julia |
categoria NotíciasPaleontologia
Para quem pensava que apenas ossos de animais podem se fossilizar, vou logo avisando: árvores e outras plantas também podem virar fósseis. Foi o que aconteceu no Tocantins. Os caules foram se decompondo e, com o passar do tempo, foram preenchidos com minerais e viraram pedras. Essa floresta “petrificada” é tão antiga que chega a ser anterior ao surgimento dos dinossauros! Não é demais?!

Conheça o “pescoçudo” Braquiossauro

sex, 17/06/11
por Julia |
categoria Dinossauros
Fatos e curiosidades:
Braquiossauro é um dos mais conhecidos saurópodos (dinos herbívoros e de pescoço longo). Seu primeiro fóssil foi encontrado em 1900 no colorado, EUA, por Elmer G. Riggs. Pertencente à família dos Braquiossaurídeos, ele tinha o crânio robusto, com mandíbulas fortes e grandes dentes em forma de cinzel.
Seu pescoço comprido fez com que ganhasse o apelido de “girafa do final do período Jurássico”, embora tivesse uma altura duas vezes maior do que as girafas que conhecemos nos dias de hoje. A verdade é que sua estrutura permitia que se alimentasse de folhas de árvores muito altas.
Uma característica marcante do Braquiossauro é que ele tinha um focinho achatado com enormes aberturas nasais na parte da frente do crânio. Acreditava-se que essa estrutura permitia que ele vivesse na água e submergisse apenas de vez em quando para respirar. No entanto, estudos recentes indicam que um animal daquele porte não poderia ter vivido muito tempo submerso na água.
Alguns pesquisadores defendem que as narinas em posição elevada do Braquiossauro podem ter sido cobertas por uma câmara carnuda que amplificava o som. A localização e a estrutura do nariz também podem ter servido para aumentar o sentido do olfato.
Ah, vejam só que curioso: uma teoria difundida por certos paleontólogos afirma que osBraquiossauros tinham uma tromba no focinho, como os elefantes. Será? Me ajude nesta pesquisa e mande todas as informações que conseguir sobre o nosso amigo pescoçudo!
Veja também minhas pesquisas sobre o Triceratops, o Velociraptor , e o Tiranossauro!

Viva o dia do Paleontólogo!

qua, 15/06/11
por Julia |
Meus amigos, para comemorar hoje o dia do paleontólogo, eu trouxe um conteúdo especial para vocês, que são meus aprendizes de caçadores de dinossauros. São desenhos muito legais de dinos para baixar. Dá para imprimir e colorir com lápis de cor ou guache, ou ainda pintar os dinos com um programa de computador específico para desenhos. E aí? Está esperando o que para baixar o seu? Clique aqui e escolha seu dino para colorir!

Dinossauros da Patagônia

qui, 09/06/11
por Julia |
categoria DinossaurosNotícias
Para os apaixonados por dinos que estiverem em Brasília ou perto da capital do nosso país, eis uma boa opção para o final de semana: uma exposição de réplicas de fósseis encontrados na Patagônia. Mas para quem não está tão perto assim, vale a pena assistir à matéria ao lado, divulgada no Bom Dia DF pela Rede Globo. Dá para ter um gostinho do que é a exposição…

Conheça o Triceratops

sex, 03/06/11
por Julia |
categoria Dinossauros
Olá, pessoal! Pelos comentários, tenho percebido que meus textos sobre dinossauros estão agradando, certo? Fico muito feliz com isso! Hoje vou apresentar pra vocês o Triceratops, um dinossauro herbívoro muito interessante. Divirtam-se!
Fatos e curiosidades:
Triceratops ou Tricerátopo é o maior e mais conhecido dinossauro da família dos ceratopsídeos (dinos herbívoros com chifres). O primeiro animal desta espécie foi encontrado por Othniel Charles Marsch, um famoso cientista, e foi chamado por ele de Bison alticornis. É que Marsch acreditava que o Triceratops era mamífero, como um bisão, e só mais tarde foi provado que esse dinossauro era herbívoro.
O crânio do Triceratops se destingue por possuir um par de longos chifres na testa, além de um chifre nasal e um majestoso folho (estrutura semelhante a um escudo, acima da nuca). Os dentes eram como lâminas que podiam esmagar ou moer os alimentos, o que fez os paleontólogos imaginarem que ele não se alimentava de plantas comuns, e sim, de folhas fibrosas.
Embora muitos acreditem que o Triceratops usava seus chifres para defender-se dos rivais ou predadores, como o Tiranossauro, outros estudiosos defendem que essas estruturas poderiam ter várias funções como atrair fêmeas de sua espécie.
O que importa é que os Triceratops eram animais magníficos, concorda? Agora é a sua vez de pesquisar e me contar o que descobriu! Vou ficar esperando seus comentários!

Cérebro de mamífero de 20 milhões de anos é encontrado no Peru

qua, 01/06/11
por Julia |
categoria NotíciasPaleontologia
Muita gente pensa que os paleontólogos encontram apenas ossos de animais ao fazer escavações. Mas saiba que é possível – embora muito raro – encontrar marcas de órgãos internos nos fósseis, o que permite entender mais sobre a anatomia destes seres. Foi o que aconteceu em Lima, no Peru: o pesquisador peruano Klaus Hönninger encontrou um crânio com a marca interna de um cérebro de um grande mamífero que viveu há 20 milhões de anos. Para conferir a matéria do G1sobre a descoberta, é só clicar aqui.

Oxalaia quilombensis: um dinossauro brasileiro

sex, 27/05/11
por Julia |
categoria Dinossauros
Pelos comentários que vocês têm deixado aqui no blog, já percebi que muitos são verdadeiros apaixonados por dinossauros como eu e, por pesquisarem bastante, já sabem que existem diversas espécies de dinossauros que foram descobertas aqui mesmo, no Brasil, certo? Hoje vou apresentar um dos mais recentes dinos encontrados em nossas terras: o Oxalaia quilomensis. Divirta-se e não esqueça de deixar seu comentário!
Fatos e curiosidades:
Oxalaia quilombensis é uma nova espécie de espinossaurídeo encontrada por paleontólogos durante uma expedição na Ilha de Cajual, no Maranhão. Ele foi o maior dinossauro carnívoro que viveu no litoral brasileiro e foi nomeado pelos paleontólogos Alexander W.A. Kellner, A.K. Sergio Azevedo, Elaine Machado, Luciana B. Carvalho e Deise D.R. Henriques em 2011, ou seja, há pouquíssimo tempo!
A espécie é muito semelhante a outras já descritas na África. Isso pode ser explicado se pensarmos que, no período histórico anterior, aquele continente era ligado à América do Sul, o que proporcionou a migração de animais de uma região para outra.
Os espinossaurídeos – família a qual pertence o nosso Oxalaia – eram terópodos e se destacavam por possuírem focinhos longos e estreitos, armados com dentes afiados e uma grande garra nas patas dianteiras. Estas adaptações indicam que esses animais podiam ter grande aptidão para “fisgar” peixes. No entanto, é pouco provável que a dieta dos espinossaurídeos tenha sido exclusivamente de peixes. A presença de dentes destes animais cravados em esqueletos de outros seres fossilizados indicam que eles poderiam se alimentar de animais terrestres também. Além disso, o espinossaurídeos eram tão grandes quanto o Tiranossauro Rex e não sobreviveriam comendo apenas animais tão pequenos quanto peixes.
Gostou de conhecer esse dinossauro tipicamente brasileiro? Pois estou contando com a sua ajuda para saber ainda mais sobre ele. Faça sua pesquisa e comente aqui no blog!

Os dinossauros e a teoria da terra oca

ter, 24/05/11
por Julia |
Já imaginou se, debaixo dos nossos pés, existisse outro mundo? Um mundo habitado por criaturas nunca vistas antes? Bom, apesar de parecer uma história de ficção científica, essa idéia é levada a sério por muitas pessoas.
Como paleontóloga, sou uma cientista e sei que a ciência está sempre buscando respostas para alguns dos grandes mistérios da humanidade. Porém, muitas vezes surgem teorias sem embasamento científico criadas por pessoas que tentam entender o que está acontecendo. Uma dessas tentativas de explicar o desconhecido é a Teoria da Terra Oca, da qual você talvez já tenha ouvido falar.
No século XVII, com o objetivo de explicar certos fenômenos estranhos no campo magnético terrestre, o astrônomo Edmond Halley – o mesmo que deu nome ao cometa Halley – propôs a ideia de que a Terra teria uma casca externa e um núcleo interno separado, cada um com seu próprio campo magnético. Halley ainda usou a Teoria da Terra Oca para justificar a existência da aurora boreal. Para o astrônomo, esse fenômeno óptico – composto de um brilho observado nos céus noturnos nas regiões polares – seria um reflexo do “sol” que existe no interior da terra. Esse reflexo passaria através de buracos que existiriam nos dois pólos do planeta e que ligam o mundo interior ao mundo exterior.
É claro que Halley não foi o primeiro a falar sobre a Terra Oca. Civilizações antigas já contavam muitas histórias sobre o mundo interior e seus possíveis habitantes. Mas Halley foi praticamente o primeiro cientista a levantar essa hipótese.
Depois dele, outros homens de renome tentaram comprovar a teoria, como o militar americanoJohn Clives Symmes. “Para todo o mundo, declaro que a Terra é oca e habitável; encerra um conjunto de esferas sólidas concêntricas, engastadas entre si, e que têm abertura nos pólos, a doze ou dezesseis graus. Dedicarei minha vida para demonstrar essa verdade e estou pronto para iniciar a exploração do vazio”, afirmava o militar em uma carta enviada a diversos congressistas norte-americanos.
Surgiram ainda outros defensores da teoria, como William Reed e Marshall Gardner. Ambos acreditavam que essa seria a explicação para diversas anormalidades relatadas por exploradores dos pólos. Viajantes percebiam que o ar e a água se tornavam mais quente nas proximidades do Pólo Norte. Outros relatavam presença de neve multicolorida nas proximidades do pólo boreal. E alguns encontravam vida silvestre abundante e animais bem alimentados nestas regiões. Houve ainda o relato de um vice-almirante da marinha norte-americana, Richard E. Byrd, que diz ter sobrevoado o Pólo Norte em 9 de maio de 1926. Ele comunicou por rádio que via abaixo dele, não neve, e sim áreas de terra com montanhas, bosques, lagos e um estranho animal que, pela descrição, parecia ser um mamute. Isso tudo não é magnífico?!
Naturalmente, com o passar dos anos esta teoria foi refutada pela ciência, que encontrou outras explicações – algumas até mais simples e plausíveis – para os diversos fatos que embasariam a existência de um planeta oco. Ainda assim, essa teoria é tão fascinante que muita gente ainda acredita que no interior da Terra existe mesmo outro mundo. Um mundo com seres superiores e – quem sabe? – até animais teoricamente extintos que migraram da terra exterior para lá. Alguns entusiastas questionam, inclusive, o porquê de não ser permitido sobrevoar a região dos pólos, embora eu nem saiba se isso é realmente verdade.
Mas por que eu toquei nesse assunto? Simples. E se você me conhece bem, já sabe a resposta: Dinossauros! Sim, nossos queridos dinos. Uma das especulações sobre a existência desse outro mundo embaixo do nosso afirma que foi para lá que os dinossauros, assim como outros animais considerados extintos, migraram e seria lá que eles viveriam até hoje. Imagina que maravilha?! Descer até o centro da terra e encontrar um mundo fantástico e cheio de… Dinossauros!
É uma pena, mas acho que isso só acontece nos meus sonhos mesmo!
Ainda assim, se essas histórias encantadoras te interessaram e você quer um pouco mais que sonhos para vivê-la, os livros estão aqui para te ajudar. Desde o século XIX vários autores de ficção científica se interessaram por esse tema e centenas de livros foram escritos sobre ele. Depois vieram os filmes e a Internet tem material que não acaba mais sobre o assunto. Delicie-se! Para começar, aproveito para indicar a leitura do maravilhoso “Viagem ao Centro da Terra”, escrito por Julio Verne em 1864. Depois desse, tem muito mais. Basta pesquisar.
Apesar de tanta coisa escrita sobre o tema, o mistério, no entanto, continua. Até hoje, não há quem consiga comprovar a Teoria da Terra Oca. Mas e você? Também acredita que a Terra pode ser oca? Deixe seu comentário e vamos debater sobre isso!

Dente de dinossauro em MG

sex, 20/05/11
por Julia |
Pessoal, mais uma boa notícia para nós, caçadores de dinossauros brasileiros! Um dente dedinossauro carnívoro acaba de ser encontrado na região de Minas Gerais. Outros fósseis também já foram escavados na mesma área, o que reforça a tese de que ali foi mesmo habitat de diversos dinos no passado. Para ler a matéria completa, que foi publicada pelo G1, basta clicar aqui.

E agora, o Velociraptor!

sex, 20/05/11
por Julia |
categoria Dinossauros
Curiosidades:
Velociraptor era leve, rápido, possuía ótima visão e um cérebro bastante desenvolvido, além de um poderoso maxilar. Possuía uma garra retrátil em forma de foice no segundo dedo da pata traseira.
O primeiro esqueleto de Velociraptor foi encontrado no Deserto de Gobi, na Ásia, em 1923. Mais tarde, em 1970, foi encontrado um fascinante fóssil de um Velociraptor agarrado a umProtocerátopo, que provavelmente estava se defendendo ou defendendo seus ovos do predador.
Acredita-se que o Velociraptor, assim como uma parte dos raptores, tinha o corpo coberto por penas. A cauda era comprida e rígida, feita para equilibrar o animal em movimento.
Velociraptor é um dinossauro saurísquio (ordem dos dinossauros carnívoros) e pertence à família dos dromeossaurídeos, que possuíam os olhos nas laterais da cabeça, o que lhes dava um amplo ângulo de visão.
Agora é com você. O que mais você consegue descobrir sobre os Velociraptores?

Os períodos da evolução da vida na terra

ter, 17/05/11
por Julia |
Já pensou como seria fascinante para nós, seres humanos, conviver com os dinossauros? Eu não sei você, mas eu sonho muito com TitanossaurosVelociraptores e até Tiranossauros. E todos vivinhos da silva! Bom, mas isso só poderia acontecer em sonho mesmo. Porque, ao contrário do que muita gente imagina, os homens só começaram a habitar o planeta muito depois da extinção dos dinos. Aliás, o ser humano é praticamente um recém-chegado se pensarmos na idade da Terra: 4,6 bilhões de anos.
Nos primeiros 600 anos, a superfície do planeta, que era muito quente, foi se resfriando gradativamente. A água, a princípio congelada e proveniente dos cometas que caíram aqui, tornou-se líquida e deu origens aos oceanos e lagos. Esse foi um fator fundamental para o desenvolvimento da vida na Terra e talvez este seja o único planeta do sistema solar com ambiente tão propício para o desenvolvimento de seres vivos.
Mas quando tudo parecia correr bem na Terra, com os animais vivendo em harmonia, aconteceu um terrível desastre. Ao final desta era, chamada Paleozóica, ocorreu uma extinção em massa cuja origem ainda é controversa. Fala-se de um grande asteróide que teria atingido a Terra e, também, da liberação de grandes quantidades de gás carbônico pelos vulcões, que originado um grande efeito estufa.
A vida teve que se reinventar nas eras que se seguiram. No período TRIÁSSICO, surgiram os primeiros répteis marinhos. Já os dinossauros apareceram pouco depois da parte média do períodoTRIÁSSICO, ou seja, há aproximadamente 230 milhões de anos.
No período seguinte, o JURÁSSICO, o número de linhagens dos dinossauros se multiplicou e eles cresceram em tamanho. Foi ainda neste período que nasceu uma linhagem dos dinossauros que pode ser encontrada até hoje no planeta: a linhagem das aves. Mas deixemos esse assunto para um próximo  post.
Já no período CRETÁCEO, novas mudanças climáticas na Terra causaram a extinção de quase todos os dinossauros (os chamados não-avianos). Foi então que os mamíferos e o Homem finalmente começaram a se desenvolver em larga escala. Bom, o resto dessa história você já deve ter estudado no colégio.
Não quis me aprofundar muito nesse tema porque há muito material sobre isso na Internet. Mas quis trazer esse assunto à tona porque uma coisa eu digo a vocês: olhando assim, por alto, todos esses períodos em que a Vida se desenvolveu na Terra, eu só consigo torcer para que o ser humano se dê conta de que é fundamental cuidar bem do planeta. Essa é a única maneira de garantir que a gente continue vivendo nele por muito tempo, você não concorda?
E você, o que acha disso? Conta para mim nos comentários.

Com você, o Tiranossauro!

sex, 13/05/11
por Julia |
categoria Dinossauros
Curiosidades:
É o mais famoso terópodo e talvez o mais popular de todos. Pode não ser o maior dinossauro carnívoro, mas é certamente um dos mais poderosos que já existiram. O T-Rex, como é conhecido popularmente, simboliza a sofisticada família da qual vem seu nome: os tiranossaurídeos.
Seus olhos são posicionados de tal forma que podiam dar uma visão estereoscópica do que estava em sua frente, ou seja: os Tiranossauros tinham uma visão muito apurada de tudo! Além disso, a estrutura de seus ouvidos é semelhante à dos crocodilos, que têm uma audição muito sensível.
O crânio do tiranossauro era enorme, podendo medir mais de 1 metro, com dentes de aproximadamente 16 cm. Sua mandíbula, com fortes músculos, podia rasgar mais de 200 quilos de carne.
Para piorar essa imagem de vilão que o Tiranossauro ganhou, alguns paleontólogos descobriram que ele era canibal. Cientistas descobriram marcas de mordidas de Tiranossauro em ossos de animais da mesma espécie. Olha só isso! Não é bastante curioso?!
E enquanto alguns pesquisadores defendem que o T-Rex era um terrível predador, que podia correr até 60km/h, outros acreditam que ele não passava de um carniceiro gigantesco. Isso se deve principalmente ao fato do T-Rex ter patas dianteiras muito curtas, o que dificultaria a movimentação na hora de agarrar uma presa. Há ainda os paleontólogos que afirmam que oTiranossauro caçava exatamente como os crocodilos:  faziam emboscadas para abocanhar sua presa. De uma forma ou de outra, o T-Rex era mesmo um animal amedrontador, não acha?
Mais alguma curiosidade sobre o T-Rex? Esse é fácil de pesquisar e está em milhões de filmes e desenhos! Divirta-se com esse dino tamanho família!

Já pensou em virar um dinossauro?

qui, 12/05/11
por Julia |
categoria Dinossauros
| tags 
Pessoal, eu descobri um aplicativo muito bacana com o qual você pode transformar qualquer pessoa num dinossauro. Basta ter uma foto a mão e pronto! Dá pra colocar as fotos dos seus amigos, dos seus filhos e até mesmo uma foto sua só para ver como é que fica. Depois ainda é possível compartilhar o resultado nas redes sociais.
E então, quer se divertir um pouco? Para brincar é só clicar aqui.

O que é um dinossauro? (parte 2)

ter, 10/05/11
por Julia |
Aqui estou eu de volta para falar do que mais gosto: dinossauros!
A denominação do grupo Dinosauria foi criada pelo paleontólogo e anatomista inglês Richard Owen em abril de 1842 numa palestra sobre fósseis de répteis. A palavra deriva dos termos:
Essa denominação foi criada para agrupar os então recém-descobertos Iguanodon,Megalosaurus e Hylaeosaurus. Apesar dos fósseis estarem muito fragmentados, Owen pôde reconhecer que aqueles animais eram bem diferentes dos répteis até então conhecidos e, então, lançou luz sobre esse novo objeto de estudo: os dinossauros.
Bom, na semana passada você já ficou sabendo que, apesar de serem considerados répteis, os dinossauros tinham muitas características que os diferenciavam dos crocodilos, lagartos e tartarugas que conhecemos hoje. Mas assim como Owen, você vai descobrir que as diferenças entre eles não param por aí. A maior parte do conhecimento que temos dos dinossauros vem do estudo do seu esqueleto. Através do estudo dos fósseis podemos perceber que se trata de um dinossauro quando encontramos:
- Acetábulo aberto (acetábulo é a parte da pelve, vulga “bacia”, onde se encaixa o fêmur, o osso da coxa), como um buraco
- Cabeça do fêmur em forma de bola;
- Capacidade de articular (dobrar) o pescoço em forma de “S”;
- Tíbia (osso da canela) com uma crista cnemial;
- Húmero (osso do braço, que fica entre o seu cotovelo e o seu ombro) com uma crista deltopeitoral alongada;
- Membros dianteiros (“mãos”) com 4º e 5º dedos reduzidos ou ausentes
O que muita gente não imaginava é que estas características eliminam da nossa lista vários animais que, durante muito tempo, sempre foram tidos como dinossauros para o público leigo. Répteis voadores como os Pterossauros, por exemplo, não podem ser considerados dinos, já que não apresentam estas alterações em seu esqueleto. Ou os Plesiossauros, que eram répteis nadadores do mar diferente dos dinossauros que viviam na terra. Mas tais características incluem na lista algumas surpresas como as aves, que também podem ser consideradas dinossauros. Isso mesmo! Foi isso que você leu: uma simples galinha, por exemplo, pode sim ser considerada um dino! Duvida? Bom, é só você voltar ao parágrafo acima para perceber que elas possuem todas as características citadas! Mas não se preocupe, falaremos especificamente sobre esse assunto adiante, em um outro post.
Então, voltando aos nossos dinossauros, o consenso entre os pesquisadores determina que, para ser considerado um dinossauro, o animal obrigatoriamente tem que pertencer a um de dois grupos:Saurísquio ou Ornitísquio.
No grupo dos Saurísquios, a posição dos ossos da pelve é semelhante à que ocorre em muitos répteis, onde o púbis é voltado para frente (em direção à cabeça do animal), e fica afastado do osso ísquio.
No grupo dos Ornitísquios, a posição dos ossos da pelve é semelhante à que ocorre nas aves, onde o púbis é voltado para trás (em direção à cauda do animal) e fica muito próximo ao osso ísquio.
Cada um desses grupos possui características exclusivas que dizem respeito às estratégias de vida adotadas por estes animais. Tudo acontece de acordo com a evolução das espécies, que faz com que os seres vivos se tornem mais eficientes de acordo com as mudanças que ocorrem em seu habitat. Exatamente como aconteceu conosco, certo?
Ah, a Paleontologia não é mesmo algo fascinante?! Se eu pudesse, não parava mais de contar para vocês tudo o que tenho aprendido e descoberto nesses anos todos. Mas é melhor irmos devagar. Só assim vocês vão poder me acompanhar passo por passo nessa jornada incrível. Vejo vocês na semana que vem com mais novidades sobre o mundo dos dinossauros!
Até lá.

Conheça o Titanossauro

sex, 06/05/11
por Julia |
categoria Dinossauros
Vocês já sabem que os dinossauros são a minha grande paixão, certo? Mas eu cometi uma gafe: esqueci de apresentar devidamente os meus amigos pré-históricos para vocês, que me acompanham nesse blog. A partir de agora, toda semana eu vou apresentar uma nova espécie de dinossauro, com direito a ilustração e tudo! E o primeiro deles será ninguém menos que o famosoTitanossauro, um dinossauro herbívoro e “pescoçudo” muito simpático. Vamos a ele:
Fatos e Curiosidades:
- Os Titanossauros eram saurópodes (dinossauros gigantes de pescoço e cauda longos), quadrúpedes e, apesar do tamanho, tinham uma cabeça pequena se comparada às cabeças de outros dinossauros.
- Recentemente foi descoberto no Brasil o fóssil de um Tapuiassauro (Tapuisaurus macedoi), que nada mais é do que uma espécie de Titanossauro. O nome Tapuia foi escolhido em homenagem aos índios que viveram na região de Coração de Jesus (MG), local da descoberta.  E Macedo, em agradecimento ao morador que colaborou com os paleontólogos para conseguirem chegar até o crânio.
- Após encontrarem embriões fossilizados de Titanossauros na Patagônia, pesquisadores acreditam que as fêmeas se reuniam em bando para depositar os ovos em locais seguros. Elas improvisavam ninhos no chão e cobriam com plantas para protegê-los dos predadores.
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E você? Consegue descobrir mais curiosidades sobre o Titanossauro? Topa o desafio? Então arregace as mangas e mergulhe na pesquisa. E depois me conte tudo o que descobriu aqui nos comentários.
Vejo você no próximo post!

O que é um dinossauro?

ter, 03/05/11
por Julia |
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O sol brilha forte no céu, as folhas das árvores balançam ao vento e tudo parece calmo em mais uma tarde de verão. Passeando pelo vale, umTitanossauro procura plantas para se alimentar. Tudo na mais perfeita harmonia. De repente, um estrondo dá início ao caos. O Titanossauro se agita e foge ao ouvir os passos fortes que indicam a aproximação do perigo. Sim, é ele: o Tiranossauro Rex!  Considerado o mais temido dos predadores, ele aparece no meio do vale, agora vazio, e passeia os olhos ao seu redor em busca de alimento.
T-Rex, como é apelidado, ergue a cabeça e fareja o ar com determinação. Seus movimentos de pescoço são suficientes para revelar os músculos definidos sob a pele áspera. Agora o predador parece ainda mais agressivo. Deve ter farejado a proximidade de alguma possível presa. Alimento à vista! O T-Rex recua um pouco a cabeça e, anunciando seu ataque, solta um rugido de estremecer a terra:Uuuuhhhhhaaaaaaaaaaaa!
Apavorado, um menino que assiste a tudo se agarra no pescoço do pai. Outras crianças por ali fazem o mesmo. Nem os adultos sabem como reagir diante do temido predador. Mas calma, fiquem tranquilos! Não há ninguém em perigo. Para nossa sorte, homens e dinossauros nunca se encontraram de verdade. É por isso que a cena espetacular que eu acabei de descrever é exatamente isso: um espetáculo! Trata-se de mais uma cena de um dos milhares de filmes já feitos sobre dinossauros e que sempre impressionam a todos que lotam os cinemas mundo afora. É, o fascínio pelos dinossauros é algo admirável e que não se consegue explicar facilmente.
Mas o que é exatamente um dinossauro?
Perguntinha fácil, e difícil ao mesmo tempo. Você deve imaginar que dinossauros não precisam de apresentação. Afinal, eles se tornaram um fenômeno cultural no mundo todo depois de terem sido descobertos e reconhecidos cientificamente. Mas, bem diferente do que é mostrado na maioria dos desenhos animados e livros infantis, os dinossauros são muito mais complexos e diversificados. Dominaram a Terra durante 140 milhões de anos e sumiram de uma forma tão misteriosa quanto o seu aparecimento. Eram gigantes vegetarianos, mas também podiam ser pequenos carnívoros. A verdade é que os dinossauros sempre foram um verdadeiro enigma para a ciência. Monstros horrorosos e violentos, mas também um tanto estúpidos e desajeitados.  Acinzentados, amarronzados ou esverdeados, viviam em meio a lagos, rios e florestas sob um clima sempre agradável e temperatura constante. Assim eram descritos os dinossauros desde que foram descobertos os seus primeiros restos fósseis, no início do século XIX. Apesar de tantas incertezas, não resta a menor dúvida de que nunca houve uma espécie que tenha fascinado tanto e provocado tanta curiosidade!
Mas para começar a entender os dinossauros, você precisa saber que eles eram répteis, assim como os crocodilos, lagartos, tartarugas e jacarés que conhecemos nos dias de hoje. E como tais, os dinossauros tinham a pele rígida e escamosa. Além disso, colocavam ovos, de onde nasciam seus filhotes.  Porém, enquanto os répteis não têm capacidade de aquecer internamente o corpo (eles são pecilotérmicos, ou seja, a temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente), alguns cientistas acreditam que os dinossauros tinham “sangue quente”, como os mamíferos. Portanto, conseguiam manter seus corpos aquecidos. Outra diferença entre os dinossauros e os répteis que conhecemos hoje é que os dinos tinham pernas articuladas sob o corpo. Assim, enquanto os répteis da atualidade têm maior dificuldade para se locomover e muitas vezes rastejam pelo chão, os dinossauros andavam praticamente eretos tanto sobre duas quanto sobre quatro patas.
Mas a apresentação dos dinossauros não para por aí! Semana que vem vamos conversar sobre outras particularidades desses animais tão extraordinários que atraem tanto a nossa atenção e a nossa admiração.
Até semana que vem! Ah, e não se esqueçam de deixar comentários aqui! Eu não tenho tempo de respondê-los, mas é muito bom saber que vocês estão me acompanhando nessa jornada e, também, o que vocês estão pensando sobre o assunto.

Chuva ajuda pesquisadores no Brasil

qua, 30/03/11
por Julia |
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Pessoal, vejam só como a natureza pode ajudar, muitas vezes, a nossa busca por fósseis. Para assistir à reportagem do Jornal Hoje, que foi ao ar hoje mesmo, dia 30 de março, basta clicar aqui!

Ser paleontólogo é…

sex, 18/03/11
por Julia |
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… gostar de aventuras.
… ter uma profissão diferente, imaginativa e estimulante.
… trabalhar em contato com a natureza.
… viajar para lugares exóticos, inclusive desertos e florestas tropicais.
… estudar temas fascinantes.
… estudar muito, muito, muito.
… descobrir fósseis com milhões de anos de idade.
… pesquisar animais que ninguém nunca viu ao vivo.
… investigar o passado da vida sobre a Terra.
Ser paleontólogo é tudo isso e muito mais!
George Gaylord Simpson, famoso paleontólogo americano, escreveu em seu relatório de expedições na Patagônia que “A caça aos fósseis é de longe o mais fascinante de todos os esportes. Nele, a gente acha incerteza, excitação e todo o arrepio do jogo de azar, sem nenhum dos aspectos negativos dele”. “No próximo morro pode estar enterrada a grande descoberta”, continua ele para depois concluir: “Além do mais, o caçador de fósseis não mata, ele ressuscita.”
Essa é uma grande verdade, ser paleontólogo é uma devotada declaração de amor à vida!
Mas não basta gostar de dinossauros nem saber de cor todos os nomes deles para se tornar um paleontólogo. É preciso muito estudo e muito preparo para assumir uma profissão que é ao mesmo tempo complexa e maravilhosa. Uma profissão que certamente vai transformar a sua vida numa grande aventura. A figura do Indiana Jones – aquele sujeito de botas e chapéu que procura incansavelmente por fósseis pré-históricos – é apenas um aperitivo do que é um paleontólogo de verdade. E as aventuras que ele vive nos filmes, embora lá ele seja um arqueólogo, não são muito diferentes do vivemos em nosso trabalho ao redor do mundo. O paleontólogo é tudo aquilo que se vê nos filmes e muito mais.
E então chegamos à importante pergunta: o que faz um paleontólogo?
Bom, agora que você já tem uma boa noção do que é Paleontologia, fica mais fácil entender o que, de fato, fazemos. O trabalho do paleontólogo tem como meta esclarecer os processos evolutivos que moldaram o nosso planeta e que continuam gerando modificações até hoje. A nós cabe a responsabilidade de identificar, descrever e apresentar ao público, especializado ou leigo, as novas formas de vida descobertas e, também, os diferentes mundos antes perdidos no tempo. Mas essa tarefa, por mais fantástica que pareça, nem sempre é algo fácil de se realizar.
Tudo começa – se é que existe algum começo em Paleontologia – com muita pesquisa e mapas geológicos nas mãos.  Depois, partimos para o trabalho de campo e, então, já sabemos que serão dias a fio sob sol escaldante, com a ajuda apenas de uma picareta e dos colegas, trabalhando arduamente para localizar e escavar fósseis. Uma vez retirados do solo, os fósseis são levados para o laboratório, onde ficaremos trancados por longos meses de trabalho envolvidos com a preparação, montagem e estudo de tudo o que foi encontrado. No final dessa verdadeira odisséia, cabe a nós produzir um relatório ou um artigo científico que deverá ser publicado e divulgado entre a comunidade científica e o público em geral.  Com esse projeto  finalizado – ufa! – a ordem é partir para o próximo.
Não há como negar, o trabalho do paleontólogo é algo incrível e bem diferente do que se imagina. Pergunte a qualquer paleontólogo e ele lhe dirá – não sem um sorrisinho de prazer nos lábios – em que condições curiosas já teve que dormir, que comidas exóticas já foi levado a experimentar e em que banheiros esdrúxulos ele já teve que fazer suas necessidades enquanto viajava a trabalho. Surpresa é o que não nos falta e é por isso que considero muita boa a definição que ouvi, certa vez, de um colega. Sobre a Paleontologia, ele dizia que “essa não é uma profissão que se vá parar por acaso, por engano. Ela é muito especial e só se torna paleontólogo quem, de fato, quer”. Nada mais acertado! Eu amo ser paleontóloga e, apesar do trabalho duro, a sensação de encontrar um dinossauro e contar a sua história para o mundo é algo que não tem valor, que dinheiro nenhum paga e que é impossível de se descrever em palavras.
Mas acho que essa é uma sensação que você, que tem me acompanhado nesse blog, já consegue sentir dentro do peito, não é mesmo?

O que é paleontologia?

qua, 16/03/11
por Julia |
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Você já parou para pensar que neste mesmo chão que pisa agora já pisaram dinossauros? É incrível, mas a verdade é que, há milhões de anos, eles andavam, comiam e se reproduziam exatamente no mesmo local onde nós, humanos, vivemos hoje. Mais incrível ainda é imaginar que todos morreram e que nenhum deles ficou para contar a história.
Peraí, como assim nenhum deles?
Felizmente não é bem assim. Para quem gosta de seguir pistas, a história pode sim ser remontada. Existe um caminho que, embora longo e tortuoso, é fascinante. Mas esse caminho só se tornou possível graças a uma ciência chamada de Paleontologia.
Mas o que é Paleontologia?
O termo Paleontologia surgiu por volta de 1834 e é formado a partir da junção das seguintes palavras gregas:
Assim, como o próprio nome já diz, a Paleontologia é a ciência que investiga a história da vida na Terra. “Mas como é possível o estudo de um passado tão distante?”, você já deve estar se perguntando. E eu te respondo com uma única palavra: fóssil.
Sim, são os fósseis o objeto de estudo da paleontologia. Apesar da vida na Terra ter surgido há aproximadamente 3,8 bilhões de anos, restos de vegetais e animais, assim como evidências de suas atividades, ficaram preservados, sob circunstâncias especiais, em rochas sedimentares e em outros materiais como o gelo, o âmbar (um tipo de resina) e o asfalto. São esses restos orgânicos e evidências, que podem ser ossos, dentes, pegadas, rastros, ovos e – acredite se quiser! – até cocô (que entre os cientistas ganha um nome mais chique: coprólito!), que passamos a denominar de fósseis e são eles que nos dão pistas para remontarmos o quebra cabeça.
Desta forma, marcas de dentes em ossos encontrados podem nos indicar,  por exemplo, como algumas espécies de dinossauros se alimentavam e como algumas serviam de alimento. Pegadas fossilizadas podem nos ajudar a entender como alguns dinossauros se locomoviam. Ossos deformados, quebrados ou cicatrizados podem nos sugerir que males e doenças atacavam os dinossauros. Ou seja, os cientistas não se limitam a encontrar fósseis, o mais importante é saber captar o que eles têm a nos dizer. Decifrar os seus enigmas e deduzir quais histórias um fóssil traz consigo, esse é o grande barato da Paleontologia.
Acredito que, agora, você já pode concluir que tudo o que sabemos sobre dinossauros e sobre a história da vida vem, literalmente, da terra.  Mas esse conhecimento não é algo que se obtém fácil, nem rápido. Ao contrário, são necessários anos de estudo e pesquisa, com muita paciência, dedicação e – é claro! – muito trabalho duro. Trabalho que nunca terá fim, vale acrescentar. Enquanto brotarem da terra novas pistas de como foi a evolução da vida no planeta, enquanto novas tecnologias forem desenvolvidas com o intuito de nos ajudar a lidar com as pistas encontradas, nós, paleontólogos, continuaremos incansáveis em nossa jornada rumo às novas descobertas.
Eu costumo comparar o paleontólogo ao sujeito que caminha num túnel muito escuro tendo nas mãos apenas uma lanterna para iluminar os seus passos. Apesar de pequena, nossa lanterna – a Paleontologia – nos dá luz suficiente para seguir adiante, mais encantados a cada dia, e sem a menor vontade de desistir.
“Aquilo que hoje está provado não foi outrora mais do que imaginado.”
William Blake

Vamos caçar dinossauros?

ter, 01/03/11
por Julia |
categoria Dinossauros
Meu primeiro dinossauro foi de papel. Sim, de papel e totalmente por acaso. Fuxicando as prateleiras da biblioteca do colégio, dei de cara com um daqueles livrinhos que trazem ilustrações do mundo pré-histórico. Você já deve ter visto um desses, não? Pois curiosa que só eu, comecei a folhear o livro ali mesmo, no fundo da biblioteca. Foi só bater os olhos na figura assustadora de um dinossauro – com a sua pele áspera, seus dentes pontiagudos e seus olhos brilhantes – que pronto, o medo logo tomou conta de mim. Coisa de criança, fazer o quê? Mas eu já era corajosa naquela época, e não desisti do livro assim, fácil, não. Abri novamente na página da figura e fiquei ali, encarando o monstrengo. O medo foi passando e, no lugar dele, veio o encantamento. O dinossauro desenhado era certamente o bicho mais esquisito que eu já havia visto. Mas hoje eu entendo que foi exatamente a estranheza daquela criatura que me arrebatou o coração de uma só vez e que elevou o dinossauro ao topo das minhas preferências. Depois do susto inicial, eu me tornei a pessoa mais apaixonada por dinos de todos os tempos. Foi, sem dúvida alguma, amor à primeira vista
Anos depois, tive a chance de ver um dinossauro de perto pela primeira vez. Quer dizer, não era exatamente um animal de verdade, era apenas uma réplica dos ossos encontrados. Mas parecia absolutamente real, eu juro! Lembro tão bem daquele dia: o esqueleto do dinossauro estava lá, no centro do museu, exposto como um verdadeiro tesouro. Osso por osso, da cauda até a cabeça, tantos detalhes! E num tamanho que eu sequer podia calcular. Era sensacional! Quem diria que aquela criatura inerte e sem vida conseguiria fazer, só com a sua ossada, a minha imaginação voar longe, bem longe? Naquela tarde – tenho certeza! – eu me apaixonei pela segunda vez.
Mas nada se compara ao dia em que trabalhei com um fóssil de verdade pela primeira vez. Eu já estava na universidade quando surgiu a possibilidade de um estágio na área. Seria com um professor renomado que precisava de uma assistente e lá fui eu, feliz da vida! A entrevista aconteceu ali mesmo, na sala dele, cercada por várias miniaturas de dinossauros, uma montanha de livros e milhares de papéis e fósseis espalhados por todos os cantos. Foi tudo bem rápido, mas de cara eu já me senti em casa. Na verdade, eu começava a achar aquilo tudo muito mais interessante do que eu havia imaginado. Então descobri que o trabalho envolveria a limpeza dos ossos de uma coleção paleontológica que estava guardada dentro de uma caixa há anos. Imagine você a quantidade de poeira! Qualquer outro teria fugido dali imediatamente, mas eu não. Eu abracei aquilo tudo desde o princípio. Abracei com os braços e também com o coração. Manusear vértebras, crânios e dentes de milhões de anos foi simplesmente incrível! Eu tão jovem, e já tinha o passado ali, bem nas minhas mãos. Isso era indescritível! Soube, anos depois, que o professor não acreditava que eu fosse passar do primeiro dia. “Aquela loirinha não volta amanhã, tenho certeza!”, apostava ele todas as noites. Coitado, foi obrigado a morder a língua! Eu não só voltei todos os dias, como nunca mais sai de perto dos fósseis. Sei que o professor não percebeu, mas quando eu abri aquela caixa esquecida num dos cantos da sua sala, naquele instante eu me apaixonei pela terceira vez.
Acho que agora fica fácil entender porque digo que meu amor pelos dinossauros foi à primeira vista. Aliás, não foi apenas à primeira vista; foi também amor à segunda vista, à terceira vista, e sei que será sempre assim. A cada fóssil que eu encontro, vibro como se fosse o primeiro. Hoje sou uma profissional séria e trabalho duro todos os dias, mas dentro de mim ainda se esconde a mesma menina que se deixou encantar por aquele dinossauro de papel. Se no início foi a aparência assustadora e grandiosa dos dinos que me atraiu, hoje é o mistério que me mantém presa a eles . Descobrir como foi a vida em nosso planeta há milhões de anos é o que me desafia e aquela caixa cheia de poeira e fósseis foi, sem dúvida, o melhor jeito de começar a minha carreira. Vejo o passado como o caminho mais eficiente para entender o futuro e, por isso, sigo por esse caminho da forma mais cuidadosa possível: sempre a procura, sempre alerta. Assim, como quem monta um quebra-cabeça, saio à caça dos fósseis espalhados pelo mundo inteiro. E você, não quer caçar dinossauro comigo? Pois fique atento ao meu blog; a partir de hoje, irei compartilhar com você informações, curiosidades e histórias sobre os dinos, e também sobre os caçadores de fósseis que, assim como eu, se empenham em desvendar a história da vida na Terra.
E então, me acompanha nessa jornada?